© Rodolfo Buhrer / Reuters
O Sindicato dos Delegados da Polícia Federal do Paraná pediu nesta quarta (11) que o superintendente da corporação no estado, Maurício Valeixo, transfira o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva da carceragem de Curitiba, onde ele está preso desde sábado (7).
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Nos arredores do edifício a polícia montou bloqueios para evitar manifestações contra ou a favor ao ex-presidente. Só podem entrar funcionários, jornalistas, policiais e pessoas que tenham algum procedimento marcado com a PF.
Em frente, militantes montaram um acampamento em apoio a Lula. No pedido, o sindicato afirma que "a medida mais acertada seria a transferência imediata do ex-presidente para uma unidade das Forças Armadas, que possua efetivo e estrutura à altura dos riscos envolvidos".
"Há comprovados riscos à população que reside no entorno do prédio da PF, aos policiais federais e demais integrantes do sistema de segurança pública que moram nas imediações da sede da Polícia Federal", diz a nota da categoria.
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Segundo o informativo, "alguns invasores" que "já se instalaram com barracas e determinada estrutura" estão "promovendo ações no sentido de intimidar estas pessoas".
Moradores do local têm reclamado da presença dos manifestantes, que passam o dia discursando e assistindo atrações artísticas que defendem o ex-presidente. Já passou pelo local, por exemplo, a apresentadora Bela Gil -que entregou cestas de alimento agroecológicos- e a cantora Ana Cañas.
O bloqueio foi feito após ação policial quando o helicóptero com o ex-presidente pousava no edifício, no sábado. Oito pessoas ficaram feridas. O sindicato diz que houve "invasão da região próxima deste prédio de centenas de pessoas ligadas a movimentos sociais e outras facções".
A PF não se pronunciou sobre a proposta. Logo após o pedido do sindicato de delegados, entidade que representa agentes da PF se manifestou contra a transferência de Lula.
Em nota, o presidente da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) Luís Antônio Boudens, afirma que o pedido é um "movimento apressado e sem respaldo dos policiais federais".
"Cada deslocamento gera custos para os cofres públicos e uma enorme demanda de pessoal, além de aumentar a possibilidade de confrontos e situações de embate entre grupos de apoiadores e de contrários ao ex-presidente", diz o comunicado. Com informações da Folhapress.