Alvo da Lava Jato, Jaques Wagner reaparece e nega afastamento do PT

Ex-governador, que estava cotado para ser plano B do partido na corrida presidencial, em caso de ausência de Lula, participou de ato em frente à PF nesta quarta

© Adriano Machado / Reuters

Política Curitiba 11/04/18 POR Notícias Ao Minuto

Ausência sentida durante os dias em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva esteve na sede do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, o ex-ministro e ex-governador da Bahia Jaques Wagner apareceu, pela primeira vez após o petista se entregar à Polícia Federal, na manhã desta quarta-feira (11), durante manifestação em frente à superintendência da corporação, em Curitiba (PR).

PUB

Antes disso, ele só havia gravado e divulgado um vídeo, em suas redes sociais, convocando a população para fazer uma vigília pela liberdade do ex-presidente. Wagner era apontado como plano B do PT na corrida presidencial, em caso de ausência de Lula, mas perdeu força depois que virou alvo da Lava Jato, em fevereiro.

Ele é acusado de receber R$ 82 milhões das empreiteiras OAS e Odebrecht, por meio do superfaturamento de contrato para reconstrução e gestão do estádio da Fonte Nova.

Depois de discursar aos acampados, Wagner avaliou negativamente o adiamento, no Supremo Tribunal Federal (STF), da ação que poderia rever a execução de prisões em segunda instância.

+ PF avalia transferência de Lula para quartel do Exército, diz colunista

O relator do processo, ministro Marco Aurélio, adiou o julgamento por cinco dias, após pedido do autor da ação, o nanico PEN (Partido Ecológico Nacional).

"É ruim, mas não tenho como interferir nisso. É da regra e o ministro Marco Aurélio é extremamente garantista", afirmou. "Espero que em cinco dias votem", disse ele, em entrevista à Folha de S. Paulo.

Wagner não estava no ato antes da prisão de Lula em São Bernardo do Campo (SP), mas diz que houve um problema com o avião que iria ao local e que a ausência "não foi sinal de afastamento".

Ele evitou apontar substitutos para Lula nas eleições, mas afirmou que "se vier a interdição [de Lula], acho que a gente já terá acumulado o suficiente para escolher alguém dentro ou fora do partido", afirmou.

Segundo ele, a prisão de Lula é ruim para todos os partidos, de direita e esquerda. Comparou a situação com o golpe militar de 1964.

"Alguns podem estar torcendo e batendo palma para essa interdição por uma conta muito, na minha opinião, rasa, mesquinha e imediatista, de achar que a não presença do Lula na eleição ajuda eles. Mas hoje é um, amanhã é outro."

Além de Wagner e Boulos, passou pelo acampamento outra pré-candidata a presidente de esquerda, Manuela D'Ávila (PC do B).

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

economia Dinheiro Há 15 Horas

Entenda o que muda no salário mínimo, no abono do PIS e no BPC

tech Aplicativo Há 15 Horas

WhatsApp abandona celulares Android antigos no dia 1 de janeiro

brasil Tragédia Há 9 Horas

Sobe para 14 o número desaparecidos após queda de ponte

mundo Estados Unidos Há 16 Horas

Momento em que menino de 8 anos salva colega que engasgava viraliza

fama Realeza britânica Há 8 Horas

Rei Chales III quebra tradição real com mensagem de Natal

fama Emergência Médica Há 16 Horas

Gusttavo Lima permanece internado e sem previsão de alta, diz assessoria

brasil Tragédia Há 16 Horas

Vereador gravou vídeo na ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira pouco antes de desabamento

fama Hollywood Há 11 Horas

Autora presta apoio a Blake Lively após atriz acusar Justin Baldoni de assédio

mundo Estados Unidos Há 11 Horas

Policial multa sem-abrigo que estava em trabalho de parto na rua nos EUA

brasil Tragédia Há 16 Horas

Mãe de dono da aeronave que caiu em Gramado morreu em acidente com avião da família há 14 anos