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O embaixador da Rússia na ONU, Vassily Nebenzia, avisou nesta quinta-feira (12) que há um risco de "guerra" entre o seu país e os Estados Unidos, se Washington decidir lançar uma ofensiva militar na Síria.
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"Não podemos excluir nenhuma possibilidade, lamentavelmente, porque temos visto mensagens saídas de Washington que são muito ofensivos", disse Nebenzia, dirigindo-se aos jornalistas, na sede das Nações Unidas.
Segundo o diplomata russo, a "prioridade imediata é evitar o perigo de guerra", pelo que instou Estados Unidos e seus aliados a não utilizarem a força contra a Síria, acusada de ter usado armas químicas.
"As ameaças são uma violação à Carta das Nações Unidas", afirmou, acrescentando que uma intervenção militar do Ocidente seria "muito perigosa", uma vez que "os militares russos estão lá", a convite das autoridades sírias, salientou.
O diplomata russo indicou que o país pediu uma reunião pública do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre a Síria, com a presença do secretário-geral da ONU, António Guterres.
Ele deverá intervir "num futuro próximo", afirmou Vassily Nebenzia.
Na terça-feira (10), três resoluções relacionadas com o presumível ataque químico sírio foram rejeitadas pelo Conselho de Segurança. Uma das resoluções foi apresentada pelos Estados Unidos e os outros dois textos foram propostos pela Rússia.
Mais de 40 pessoas morreram no sábado num ataque contra a cidade rebelde de Douma, em Ghouta Oriental, que segundo organizações não-governamentais no terreno foi realizado com armas químicas.
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A oposição síria e vários países acusam o regime de Bashar al-Assad da autoria do ataque, mas Damasco nega e o seu principal aliado, a Rússia, afirmou que peritos russos que se deslocaram ao local não encontraram "nenhum vestígio" de substâncias químicas.
Citando informações fornecidas por organizações de saúde locais em Douma, a Organização Mundial de Saúde (OMS) indicou na quarta-feira (11) que "cerca de 500 pessoas procuraram centros de atendimento exibindo sintomas de exposição a elementos químicos e tóxicos". Com informações da Lusa.