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Foi com um erro que começou o primeiro show da turnê de "Salvavidas de Hielo", do uruguaio Jorge Drexler. Quando subiu no palco do Teatro Solís, em Montevidéu, no dia 4 de outubro do ano passado, Drexler trocou versos da letra de "Movimiento", a primeira música de seu mais recente disco, lançado um mês antes.
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Parou, pediu desculpas e recomeçou. Era uma pequena manifestação do nervosismo com a estreia da turnê para a silenciosa plateia de conterrâneos. A turnê passa pelo Brasil neste mês.
Em um bar de Montevidéu, depois daquela apresentação, o músico explicou que a timidez do público faz parte do temperamento dos uruguaios. Ele já conhecia o perfil daquela plateia, mas isso não foi suficiente para tornar mais tranquilos os momentos iniciais do primeiro show. Com ingressos esgotados antes mesmo do lançamento do disco, era difícil saber se as pessoas estavam gostando do que ouviam, contou.
Seis meses depois do episódio -e algumas dezenas de apresentações pela América do Sul, Espanha, Estados Unidos e México-, o uruguaio, vencedor do Oscar de melhor canção original em 2005, chega ao Brasil para uma apresentação nesta quinta (12), no Rio, que depois passa por mais cinco capitais, mas não há mais ingressos disponíveis em São Paulo e Porto Alegre (veja abaixo).
Por aqui o show deve seguir a rotina do apresentado na capital uruguaia. Começa com a banda, com destaque para o guitarrista argentino Javier Calequi, que por alguns momentos consegue roubar a cena, para depois partir para um momento voz e violão, quando apenas Drexler fica no palco.
O retorno dos demais músicos é para a hora mais dançante da apresentação -quando muitos da plateia, incentivados pelo público, levantam-se para acompanhar o ritmo.
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Se o repertório for mantido, Drexler deve tocar todas as canções de "Salvavidas de Hielo": já são hits "Telefonia" e "Silêncio". Em "Asilo", o músico convida a deixar os problemas do mundo do lado de fora do teatro. E que as pessoas se permitam aquelas duas horas sem checar o celular.
Eis uma ironia. Antes de começar essa canção no show de Fortaleza, no domingo (8), o primeiro da turnê brasileira, Drexler esticou a conversa. Disse que vai conhecendo a plateia a cada vez que uma tela de celular é desbloqueada e ilumina um rosto. A luz de baixo para cima não favorece, e as pessoas se parecem um pouco com caveiras, brinca o cantor. Nem sempre ele é ouvido e alguns teimam em filmar a apresentação, como no vídeo disponível no Youtube.
Turnê no Brasil Fãs serão contemplados com canções de discos anteriores, claro. Aparecem composições do "Frontera" (1999) em diante. "Río Abajo", "Milonga del Moro Judío", "12 segundos de Oscuridad" e "La Luna de Rasquí" estão entre as mais frequentes da temporada.
Em outubro, quando Drexler falou sobre a timidez dos uruguaios e a experiência de tocar para uma plateia quieta, já tomava uma cerveja e sabia que seus conterrâneos tinham gostado do show. No Brasil, a resposta virá mais rápido: por aqui ele sabe que não haverá comedimento do público, que costuma cantar do começo ao fim do show.
Jorge Drexler - Salvavidas de Hielo
Rio - 12.abr
Onde: Theatro Municipal
Ingressos: Ingresso Rápido
São Paulo - 13 a 15.abr
Onde: Casa Natura Musical
Ingressos: esgotados
Salvador - 17.abr
Onde: Teatro Sesc Casa do Comércio
Ingressos: Compre ingressos
Florianópolis - 19.abr
Onde: Centro Integrado de Cultura
Ingressos: Disk
Ingressos Curitiba - 20.abr
Onde: Ópera de Arame
Ingressos: Disk Ingressos
Porto Alegre - 21.abr
Onde: Auditório Araújo Viana
Ingressos: esgotados
Com informações da Folhapress