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Três vítimas de escândalos de pedofilia no Chile anunciaram nesta sexta-feira (13) que se reunirão com o papa Francisco no fim de semana de 28 e 29 de abril.
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A confirmação da reunião chega após um convite do próprio líder da Igreja Católica, que, em uma carta aos bispos chilenos divulgada nesta semana, reconheceu que subestimara as denúncias de abuso sexual no país latino.
Em entrevista à "Associated Press", Juan Carlos Cruz, um dos principais acusadores do padre Fernando Karadima, sacerdote condenado pelo próprio Vaticano por pedofilia, disse que o Papa "acordou".
"É um gesto que devemos apreciar", disse ele, que criticara Francisco por causa de sua defesa pública do bispo de Osorno, Juan Barros, acusado de ter encoberto as denúncias contra Karadima.
Cruz irá ao Vaticano no fim deste mês com James Hamilton e José Andrés Murillo, que também acusam tanto Karadima quanto Barros.
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Em sua visita ao Chile, em janeiro, Jorge Bergoglio dissera que as denúncias contra o bispo de Osorno eram "calúnias" e que não havia provas contra ele.
Na ocasião, Cruz ironizou a postura do Pontífice e afirmou que não poderia ter "tirado uma selfie" enquanto era abusado por Karadima na presença de Barros. Em resposta às críticas, Francisco enviou o arcebispo de Malta, Charles Scicluna, para aprofundar as investigações sobre o caso.
A viagem culminou em um relatório com mais de 60 testemunhas e 2,3 mil páginas e que fez o Papa reconhecer que caíra em "graves erros de avaliação, especialmente por falta de informação veraz e equilibrada". Com informações da ANSA.