© Ricardo Moraes/Reuters
O assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes completa um mês neste sábado (14). Eles foram mortos a tiros no dia 14 de março, no centro do Rio. Ainda não foram localizados os autores e os mandantes do crime. Trinta dias depois, perguntas continuam sem respostas. Quem matou Marielle?
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Confronto de digitais
Nessa sexta-feira (13), segundo O Globo, a polícia afirmou que evidências encontradas em uma das balas disparadas pelos autores do duplo homicídio serão confrontadas com marcas dos dedos do líder comunitário Carlos Alexandre Pereira Maria, o Alexandre Cabeça, 37, executado a tiros no último domingo (8), e do subtenente reformado da PM Anderson Cláudio da Silva, de 48 anos, assassinado terça-feira (10), no Recreio.
Atirador: 'Negro e musculoso'
No dia 12, um laudo da Polícia Federal apontou que o atirador seria canhoto. A suspeita é que o bandido teve pontaria para, na diagonal, no banco traseiro de um carro em movimento, acertar quatro tiros na cabeça de Marielle. De acordo com uma testemunha, o suspeito era negro e musculoso.
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Armas usadas
A teoria da polícia, conforme o calibre das balas de 9mm e também pela marca dos tiros, é que o assassino tenha utilizado uma pistola Glock com um adaptador para rajadas ou uma submetralhadora. Já foi solicitado à Justiça o rastreamentos de ligações feitas no trajeto feito pela vereadora. Imagens do circuito de câmeras de segurança estão sendo analisadas. Quem comanda as investigações é o delegado Giniton Lages, titular da Delegacia de Homicídios (DH) da Capital.
Vereadores depõem
A quinta-feira (12) na DH foi voltada para os depoimentos de dez vereadores, entre eles Tarcísio Motta (PSOL), que ficou na unidade policial por cerca de três horas depondo. Nenhum dos parlamentares é considerado suspeitos, conforme relatos policiais. Um dos ouvidos contou que existem três linhas de investigação. A primeira delas é o envolvimento da mílicias, além de integrantes do 41º BPM (Irajá) e um possível desentendimento dentro da Câmara Municipal.
Outros depoimentos
Ainda não foram ouvidas pela polícia duas possíveis testemunhas que presenciaram o crime. Elas estariam a 15 metros da cena, mas não tiveram a chance de colaborar com as investigações. As únicas testemunhas oculares ouvidas foram a assessora que sobreviveu ao ataque e uma outra pessoa não identificada.
Veículo encontrado em MG
Até o momento, a polícia relata que dois carros teriam sido utilizados no dia do crime. Um deles foi encontrado em Minas Gerias dias após os assassinatos, mas a hipótese que seria de um dos assassinos foi descartada. O Colbat, que levava o atirador, ainda não foi achado. Testemunhas afirmam que só havia um carro, informação que vai de encontro com as investigações.