© Orazio Truglio / Divulgação
Era 1971 quando um novo som, épico e ao mesmo tempo ancestral, ganhou notoriedade no cenário musical italiano. Com instrumentos e imaginação, o rock progressivo da Premiata Forneria Marconi atravessou fronteiras e se tornou referência mundial com um estilo bastante característico. Em 2018, com quase cinco décadas de carreira e passagens por inúmeros países, a banda italiana retorna ao Brasil, país amado, "onde a música é considerada uma das alegrias da vida" dos cidadãos. "É por isso que estamos felizes em voltar a tocar nossa música imaginativa", diz a PFM em entrevista exclusiva à ANSA.
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Na visão do grupo, os roqueiros brasileiros "são diferentes porque a música é muito profunda em sua cultura. "O ritmo é o que mais distingue o público. A última vez que tocamos no Rio [em 2014], no final do show, os fãs gritaram sequencialmente nosso nome para voltarmos ao palco. Eles fizeram isso tão intensamente que retornamos, e foi uma festa incrível", contaram os italianos.
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A banda subirá aos palcos de São Paulo (Espaço das Américas, 19 de abril), Porto Alegre (Espaço Araújo Viana, 20 de abril), Rio de Janeiro (Vivo Rio, 21 de abril) e Belo Horizonte (Cine Brasil Vallourec, 22 de abril) para promover seu novo álbum, "Emotional Tattoos", com "músicas emocionantes e muitas surpresas". "É um disco cheio de música cintilante que abrange diferentes linguagens musicais em puro estilo PFM", explicaram.
"Emotional Tattoos" marca a volta do grupo ao seu som característico após dois trabalhos quase experimentais. O novo disco oferece um rock melódico com direito a surpreendentes mudanças de rumo, incluindo sintetizadores, arranjos orquestrais, passagens guiadas pela guitarra e baladas precisas.
Quando Franz Di Cioccio, Patrick Djivas, Lucio Fabbri, Alessandro Bonetti, Marco Sfogli, Alberto Bravin e Roberto Gualdi escreveram "as músicas e os textos em italiano e em inglês, percebemos que as histórias e a música nos levaram a explorar novos mundos".
Desta forma, a "melhor maneira era, idealmente, pegar uma espaçonave e levar os ouvintes para longe da vida cotidiana para descobrirem esse novo mundo, como está ilustrado na capa do álbum", ressaltaram à ANSA.
O progressivo é um fluxo musical muito popular porque é composto de várias influências e diferentes linguagens expressivas. "Há rock, música popular, música clássica, improvisos que se encontram e se misturam". Para a PFM, o "público, em parte, se reconhece em algumas dessas linguagens e sempre descobre algo novo. Por essa razão, ele permanece fascinado".
O som bem trabalhado, característico da Premiata, concebe e lida com as notas, músicas e arranjos de maneira artesanal. O álbum novo é sempre diferente do anterior, mas todos trazem algo de especial. Dentre eles há "Per Un Amico" (1972), "L'isola di niente" (1973) e "Suonare suonare" (1980).
"Gostamos de expressar nossa alma na vida atual e descobrir as emoções que temos dentro de nós mesmos. Desta forma, podemos tatuar o público emocionalmente", ressaltou a banda, que acredita que "a canção não tem barreira, vem do coração e do suor". Com informações da ANSA.