© Reuters
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, defendeu, em Nova York, a necessidade de uma reforma fiscal para manter a economia brasileira em rota de recuperação, acrescentando que essa deveria ser a prioridade do próximo governo.
PUB
"Precisamos da aprovação no Congresso no futuro, porque você não consegue os votos agora", afirmou Ilan, falando na Universidade Columbia. "Deve ser a primeira discussão do novo governo, depois das eleições."
Numa apresentação PowerPoint, a mesma que mostrou em encontros fechados com investidores em Manhattan, o presidente do BC previu uma inflação de 3,8% até dezembro deste ano e 4,2% até o final do ano que vem.
Suas projeções para o PIB também estão um pouco acima do último boletim Focus divulgado pelo Banco Central, que previu 2,76% de expansão -o gráfico de Ilan mostrava 2,8% para este ano.
+ FMI melhora previsão de crescimento da economia brasileira em 2018
Economistas, no entanto, vêm revisando para baixo as expectativas de olho num crescimento abaixo do esperado na indústria, no varejo e no setor de serviços ao longo desses últimos três meses.
Ilan também disse que o governo não trabalha com a possibilidade de reduzir as metas de inflação nos próximos anos, reconhecendo que há riscos com uma inflação muito baixa, mas que "por isso decidimos seguir estimulando a economia neste ano".
Em visita oficial aos Estados Unidos, Ilan não quis falar com jornalistas até sua visita a Washington nesta semana, onde participa da reunião anual do Fundo Monetário Internacional, mas se reuniu com investidores em Manhattan mostrando esses mesmos números que discutiu com alunos da Columbia.