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A chanceler Angela Merkel considerou, nesta quinta-feira (19), que perante as atuais crises à escala mundial, a aliança transatlântica é "um grande tesouro" e comprometeu-se a "protegê-lo", mas sem esquecer "diferenças de opinião".
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Merkel proferiu estas declarações durante uma conferência de imprensa conjunta com o Presidente francês, Emmanuel Macron, antes de uma reunião bilateral.
Os dois dirigentes europeus viajam na próxima semana, separadamente, para Washington onde vão manter encontros com o Presidente dos EUA, Donald Trump, e anunciaram a intenção de concertar posições antes das deslocações.
O objetivo da viagem "consiste em deixar claro que a cooperação transatlântica é importante para nós, incluindo quando existem diferenças de opinião" em relação aos Estados Unidos, assinalou Merkel, recordando que se trata de uma das primeiras saídas ao exterior desde a sua reeleição para um quarto mandato.
A chanceler manifestou a intenção de falar com Trump sobre as "diferenças" entre os dois países, que ficaram patentes na sua primeira reunião na Casa Branca há um ano, quando ficaram demonstradas as suas divergências em matéria de imigração, OTAN e de política climática.
No entanto, também insistiu que, face aos acontecimentos "não democráticos" que se registram em todo o mundo, esta aliança é um "grande tesouro" e garantiu a sua intenção em protegê-lo.
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Merkel manifestou disposição em analisar com Macron, que visita primeiro a Casa Branca, a perspectiva europeia que pode ser fornecida à relação transatlântica, com o Presidente francês concordando na necessidade de analisar uma "mensagem comum" para Washington.
Na área do comércio, recordou que ambos pretendem que se respeite o marco multilateral da Organização Mundial de Comércio, também defendida pela Comissão Europeia.
Foi ainda defendida a posição comum no caso do Irã, e numa referência aos recentes bombardeios efetuados pelos EUA, França e Reino Unido na Síria, recordou que a Alemanha não pode constitucionalmente realizar uma ação militar sem um mandato parlamentar, e que implica várias semanas.
O Presidente francês voltou a insistir na "legitimidade internacional" do ataque a objetivos militares concretos na Síria, apoiados pela Alemanha que, no entanto, não participou diretamente. Com informações da Lusa.