© Harrison McClary/Reuters
O suspeito de ter matado quatro pessoas em um ataque a tiros a um restaurante do Tennessee no domingo (22) já tinha sido detido no ano passado ao tentar entrar na Casa Branca para ver o presidente Donald Trump.
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Policiais seguem na busca por Travis Reinking, 29, que fugiu após o ataque a uma unidade da cadeia de restaurantes Waffle House.
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Em julho do ano passado, ele foi detido pelo Serviço Secreto após entrar em uma área protegida próxima a Casa Branca e se recusar ao deixar o local. O caso fez o FBI pedir a polícia de Illinois, estado onde ele vivia, para retirar seu direito de portar armas, o que aconteceu.
Policiais retiraram ao menos quatro armas de sua casa na ocasião. Os equipamentos foram enviados então para o pai de Reinking, que acabou devolvendo as armas ao filho. Entre elas, estava o rifle tipo AR-15 que foi usado no ataque ao restaurante.
A polícia de Illinois revelou que ele tinha histórico de problemas mentais e que em 2016 chegou a pedir ajuda porque estaria sendo sendo perseguido pela cantora Taylor Swift.
Segundo a polícia do Tennessee, Reinking invadiu o restaurante em Antioch, nos subúrbios de Nashville, vestindo apenas uma jaqueta e disparou contra o público. Duas pessoas morreram dentro do local e outras duas do lado de fora, enquanto outras quatro ficaram feridas.
O atirador deixou o local a pé e foi visto em um bosque da cidade usando apenas uma calça preta no domingo a noite. O chefe da polícia de Nashville, Steve Anderson, disse que ele pode estar armado e pediu cuidado a população.
"Nós não queremos alarmar as pessoas, mas com certeza todos devem tomar precauções. Ele pode estar em uma casa abandonada. Nós queremos que todos fiquem atentos. Os vizinhos devem ajudar uns aos outros", afirmou ele em uma entrevista coletiva.
Cerca de 80 agentes participam das buscas pelo suspeito. Anderson disse que não se sabe ainda os motivos do ataque, mas que Reinking provavelmente tem problemas mentais.
Herói O ataque no domingo só não foi mais trágico porque um dos clientes do restaurante, James Shaw Jr, conseguiu tirar a arma do suspeito e jogá-la para longe, interrompendo o massacre.
Ele disse que estava próximo ao banheiro quando o atirador entrou no restaurante e ficou escondido no local. Os estilhaços de uma bala acabaram acertando sua mãe, embora sem gravidade.
Quando ouviu os tiros pararem, ele decidiu agir. "Eu estava esperando uma chance, então quando ele abaixou a arma, vi uma oportunidade e ataquei", disse Shaw à rede de TV NBC.
Ele arrancou a arma da mão do atirador, que com isso fugiu do local.
Após policiais declararem que Shaw provavelmente salvou diversas vidas, ele afirmou que não se considera um herói. "Eu só queria viver", disse ele. Com informações da Folhapress.