© Tomaz Silva/Agência Brasil
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, defendeu, nessa terça-feira (24), diálogo entre Legislativo e Judiciário para resolver o impasse entre um grupo de deputados e a juíza federal Carolina Moura Lebbos. A magistrada, responsável pela execução penal em Curitiba, negou autorização para diligência da comissão externa, criada para verificar as condições em que se encontra preso o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
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Rodrigo Maia afirmou que é importante manter a harmonia entre os poderes e disse que declarações mais duras de parlamentares contrários à decisão da magistrada só contribuem para um maior conflito entre as instituições.
“Vamos construir uma solução para esse problema, para manter a independência e a harmonia, para respeitar as prerrogativas parlamentares e as prerrogativas da juíza”, afirmou Maia.
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O líder do PT e coordenador da comissão externa, deputado Paulo Pimenta (RS), afirmou que a decisão de Carolina Lebbos é uma interferência indevida. “A atitude da magistrada em querer embaraçar diligência da comissão externa representa uma afronta ao pleno exercício das funções do Congresso, ocasionando grave interferência na função ínsita da Câmara de representar o povo brasileiro por meio da atuação de parlamentares e das comissões”, criticou.
Questionado sobre operação da Polícia Federal que cumpriu, ontem, mandado de busca e apreensão no gabinete do deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), Maia afirmou que na democracia todos podem ser investigados. “Não é um ato que nos deixa feliz, mas na democracia é assim, todos podem ser investigados. Espero que o deputado tenha condições de fazer sua defesa”, pontuou.