© Scanpix Denmark/Ida Marie Odgaard/via REUTERS (Arquivo)
O inventor dinamarquês Peter Madsen foi condenado nesta quarta-feira (25) à prisão perpétua pelo assassinato da jornalista sueca Kim Wall, que estava em seu submarino para entrevistá-lo em agosto de 2017.
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A decisão foi tomada pelo tribunal da Dinamarca, após Madsen negar ter cometido o crime, mas assumir que mutilou o corpo e jogou ao mar.
A procuradoria acusa o dinamarquês de ter torturado e abusado sexualmente da sueca. Ele foi indiciado pelo Ministério Público por assassinato, profanação de cadáver e agressão sexual.
Histórico - A morte de Wall chocou o mundo inteiro. Segundo os dados da autópsia, os membros e a cabeça foram "deliberadamente" retirados do torso.
Wall, 30 anos, era uma jornalista sueca que atuava de maneira independente e que já cobriu conflitos em diversos países, como Uganda e Coreia do Norte, para diversos jornais internacionais.
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No dia 10 de agosto do ano passado, ela foi fazer uma pauta com Madsen e teria embarcado no submarino criado por ele. Como não enviou mais notícias, no dia seguinte, o companheiro e os familiares da repórter freelancer denunciaram o desaparecimento de Wall.
Com as buscas em andamento, os agentes resgataram Madsen do mar de Oresund, entre a Dinamarca e a Suécia. Na ocasião, o homem foi preso pela polícia local sob a acusação de homicídio culposo, quando não há a intenção de matar, mas negou as acusações. No entanto, ele havia apresentado duas versões diferentes sobre o caso.
No primeiro, ele afirmou que a jornalista deixou o submarino por vontade própria. Depois, afirmou que ela morreu em um "incidente" na embarcação e que ele lançou o corpo dela no mar já sem vida.
Os investigadores acreditam ainda que Madsen provocou o naufrágio no submarino, já que quando o equipamento foi resgatado do mar ele estava totalmente vazio. (ANSA)