© Nacho Doce / Reuters
Em visita à sede das Nações Unidas, em Nova York, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse que reagiria "com tristeza" à possível prisão do colega tucano Aécio Neves, acusado de receber propina de empresas. Ele comparou o caso à prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que semanas atrás havia chamado de uma "notícia triste, mas justa". Em relação a Aécio, FHC acrescentou que a "Justiça vai decidir".
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Na ONU, ele se reuniria com o secretário-geral, António Guterres, para falar sobre a descriminalização das drogas, afirmando que essa sua bandeira deveria estar no debate eleitoral agora em curso no Brasil, mas não está por receio dos candidatos ao Planalto.
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"Não vai entrar no debate. A questão é que você precisa ter uma descriminalização e uma regulamentação e muita campanha educativa. É mais um processo educativo", disse o tucano, em Nova York. "É preciso que a sociedade entenda melhor o tema, e os políticos têm medo de discutir isso."
Horas antes de seu encontro com Guterres, FHC participou de um evento organizado pelo Instituto de Tecnologias para o Trânsito Seguro, em que defendeu o uso de medidas mais inteligentes no combate ao uso de drogas, no caso, regras que não "sejam sentidas como perseguição".
"Vivemos um momento de grande ansiedade no mundo e a tecnologia muda as relações entre as pessoas", disse. "O uso de drogas também aumenta em consequência disso tudo."
Na saída, FHC não quis entrar em detalhes sobre como vê a corrida eleitoral em curso no Brasil, mas disse que a sociedade está muito fragmentada e que o "futuro do PSDB é como o futuro de todos os outros partidos, vai depender da mensagem para o povo". Com informações da Folhapress.