Prisões sem polícia e armas custam menos e facilitam reintegração

Índice de reincidência criminal dos detentos que deixam as chamadas prisões humanizadas é de 20%, contra 85% no sistema prisional tradicional

© iStock

Justiça novo modelo 28/04/18 POR Notícias Ao Minuto

A Fraternidade Brasileira de assistência aos Condenados (Fbac) planeja ampliar o número de prisões humanizadas existentes no Brasil. Sem polícia nem armas, o modelo foca na reintegração social, a um custo dois terços menor do que presídios comuns.

PUB

“Nossa meta é chegar a cem presídios sem polícia e armas no país até 2020”, contou Valdeci Ferreira, presidente da Fbac à coluna da jornalista Eliane Trindade, na Folha de S. Paulo.

De acordo com a publicação, atualmente, a instituição administra 48 centros de reintegração social, com limite de 200 internos por unidade.

Em meio à crise de segurança que o país enfrenta e ao caos de penitenciárias superlotadas dominadas por facções, as prisões da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apacs) se mostram uma alternativa viável.

O índice de reincidência criminal dos detentos que deixam as Apacs é de 20%, contra 85% no sistema prisional tradicional.

+ Crianças são baleadas durante confronto entre PMs e criminosos

O juiz Luiz Carlos Rezende e Santos, designado pelo Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para assuntos relativos às Apacs, informou ao jornal que um preso no sistema custa em média R$ 1.000 por mês, contra R$ 3.500 no sistema comum. “Não se compra refeição. Não se contrata empresa. É outra lógica, a da responsabilidade compartilhada”, explica.

O movimento de presídios humanizados virou política pública do Tribunal de Justiça mineiro em 2001. Em 2004, após a alteração da Lei estadual de Execução Penal, que passa a permitir convênio para a manutenção e construção de Apacs, o modelo deu um salto no estado.

A Fbac acredita que o exemplo de Minas Gerais pode ajudar a expandir o modelo de Apacs pelo Brasil. Estados como Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia, Maranhão e Amapá já aprovaram legislação semelhante.

Um grande desafio do projeto é mudar a mentalidade de autoridades para o fato de que a justiça não se realiza somente após a condenação. “O nosso método leva à responsabilização do dano causado às vítimas e ao mesmo tempo fazer o recuperando se dar conta de que todo homem é maior do que seu crime”, diz Ferreira.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

politica Polícia Federal Há 23 Horas

Bolsonaro pode ser preso por plano de golpe? Entenda

fama Harry e Meghan Markle Há 15 Horas

Harry e Meghan Markle deram início ao divórcio? O que se sabe até agora

fama MAIDÊ-MAHL 22/11/24

Polícia encerra inquérito sobre Maidê Mahl; atriz continua internada

justica Itaúna Há 23 Horas

Homem branco oferece R$ 10 para agredir homem negro com cintadas em MG

economia Carrefour Há 21 Horas

Se não serve ao francês, não vai servir aos brasileiros, diz Fávaro, sobre decisão do Carrefour

economia LEILÃO-RECEITA Há 21 Horas

Leilão da Receita tem iPhones 14 Pro Max por R$ 800 e lote com R$ 2 milhões em relógios

fama LUAN-SANTANA Há 23 Horas

Luan Santana e Jade Magalhães revelam nome da filha e planejam casamento

brasil São Paulo Há 23 Horas

Menina de 6 anos é atropelada e arrastada por carro em SP; condutor fugiu

politica Investigação Há 15 Horas

Bolsonaro liderou, e Braga Netto foi principal arquiteto do golpe, diz PF

mundo País de Gales Há 22 Horas

Jovem milionário mata o melhor amigo em ataque planejado no Reino Unido