Delação de Palocci deve ser homologada em um mês, dizem investigadores

Expectativa é de que colaboração premiada seja remetida ao juiz Sérgio Moro após o feriado do Dia do Trabalhador, comemorado nesta terça-feira (1º)

© Rodolfo Buhrer/Reuters

Política Trâmite 30/04/18 POR Notícias Ao Minuto

Depois de o ex-ministro Antonio Palocci fechar acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF), na última semana, investigadores acreditam que a colaboração deve ser homologada pelo juiz Sergio Moro em até um mês.

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"Talvez até antes disso", disse uma fonte ouvida pelo jornal Valor Econômico. A delação, ainda conforme o veículo, será remetida ao magistrado, após o feriado do Dia do Trabalhador, comemorado nesta terça-feira (1º).

Os depoimentos de colaboração vão parar nas mãos do juiz, responsável pela Lava Jato em primeira instância, porque o ex-ministro não mencionou pessoas com foro. No entanto, Palocci teria detalhado como se deu o esquema de corrupção na Petrobras, e de que forma os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff participaram das tratativas.

+ 'Julgamento virtual' que pode soltar Lula começa esta semana no STF

Palocci está preso preventivamente, desde setembro de 2016, na sede da PF em Curitiba, mesmo local onde Lula se encontra.

O ex-ministro já foi condenado por Moro, em junho do ano passado, a 12 anos de prisão, por lavagem de dinheiro e corrupção passiva envolvendo contratos com a Odebrecht na construção das sondas da Sete Brasil e o Estaleiro Enseada do Paraguaçu.

De acordo com informações do jornal O Globo, nos depoimentos de colaboração, o ex-ministro chega a afirmar que Lula recebeu dinheiro vivo. A defesa do petista nega. Dilma também se pronunciou e afirmou que Palocci produz “peças de ficção” para “agradar aos investigadores” e conseguir liberdade.

O ex-ministro já havia tentado fechar acordo de delação com o Ministério Público Federal (MPF), sem sucesso. Há, atualmente, uma disputa entre a PF e o MPF em torno da competência dos órgãos para tratar de colaborações.

Em depoimento a Sérgio Moro, o ex-ministro já havia afirmado que Lula avalizou um "pacto de sangue" no qual a empreiteira Odebrecht se comprometeu a pagar R$ 300 milhões em propinas ao PT entre o final do governo do petista e os primeiros anos do governo de sua sucessora na presidência. O ex-ministro disse, ainda, conforme a Folhapress, que o acordo foi fechado numa conversa entre Emílio Odebrecht e Lula.

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