© Ueslei Marcelino/Reuters
As articulações em torno da eventual candidatura da ex-presidente Dilma Rousseff ao Senado por Minas Gerais estão ampliando o desconforto entre o PT e o MDB.
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De acordo com o UOL, a intenção da ex-presidente era aproveitar o desgaste do PSDB no cenário político mineiro por conta das investigações contra os senadores Aécio Neves (PSDB) e Zezé Perrella (MDB). A candidatura se tornou ainda mais viável após Aécio ter virado réu por corrupção passiva e obstrução de Justiça em um processo do Supremo Tribunal Federal (STF).
A possível candidatura de Dilma causou incômodo no MDB de Minas, que queria ter o caminho aberto para encabeçar candidaturas para as duas cadeiras no Senado. Segundo a reportagem, os dois partidos chegaram a pensar em uma alternativa para não atrapalhar os planos do MDB: a ex-presidente poderia se candidatar a deputada federal.
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Acontece que o projeto não teria agradado Dilma, já que parte da bancada do MDB votou pelo impeachment dela, em 2016. "A Dilma ia ajudar a eleger golpista? Não faz o menor sentido", diz o deputado estadual Rogério Corrêa (PT-MG).
Oficialmente, o MDB nega este racha. A assessoria da ex-presidente ainda não se manifestou sobre o caso.