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Inaugurado em 1966 no largo do Paissandu (centro de São Paulo), o prédio que desabou após um incêndio de grandes proporções nesta terça-feira (1º), inicialmente abrigou a Cia. Comercial Vidros do Brasil (CVB). Nos anos 1980, a construção passou a ser a sede da Polícia Federal na cidade.
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A decadência veio depois do ano de 2001, quando o edifício, que tem 24 andares e cerca de 11 mil metros quadrados, foi esvaziado. Hoje, ele é propriedade do Governo Federal e passou por diversas tentativas de revitalização.
Uma agência do INSS chegou a ser instalada apenas no térreo até 2009. No ano seguinte, foi anunciada uma parceria entre o Sesc, uma organização francesa e o governo federal para transformá-lo em polo cultural. Ficou no anúncio.
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A Secretaria de Patrimônio da União cedeu o prédio para a Unifesp em 2012, que instalaria ali o Instituto de Ciências Jurídicas. O projeto não vingou e o prédio foi invadido diversas vezes por movimentos de sem-teto. Em 2015, ainda no governo Dilma, o ministro Nelson Barbosa autorizou que a propriedade fosse a leilão.
Mas não houve nenhum interessado em pagar os R$ 21,5 milhões pedidos (a reforma consumiria outros muitos milhões). O edifício foi desenhado pelo arquiteto Roger Zmekhol. Foi um dos primeiros a ter as esquadrias revestindo todo a construção. Também foi um dos pioneiros no sistema de ar-condicionado embutido. Tinha pisos de ipê e divisórias móveis nos escritórios, e um hall de mármore e aço inoxidável. Com informações da Folhapress.