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Uma delegação norte-americana de alto nível iniciou, nesta quinta-feira (3), conversas em Pequim visando pôr fim à guerra comercial com a China, apesar de ambos os lados considerarem difícil um acordo definitivo entre as duas maiores potências mundiais.
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O presidente norte-americano, Donald Trump, que acusa Pequim de práticas comerciais "injustas" e definiu como prioridade reduzir o déficit comercial com a China, nomeou o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, para liderar as negociações.
A comissão, que chegou hoje a Pequim, inclui ainda os principais responsáveis pela política comercial de Washington, incluindo o secretário do Comércio, Wilbur Ross, o representante comercial da Casa Branca, Robert Lighthizer, e o assessor econômico máximo de Trump, Larry Kudlow.
A visita ocorre a poucos dias do fim do período de apreciação das taxas alfandegárias propostas por Washington sobre um total de 1.300 produtos chineses de vários setores, incluindo aeronáutica, tecnologias de informação e comunicação ou robótica. Aquela medida afetará, no conjunto, 50 bilhões de dólares nas exportações chinesas para os EUA. As negociações decorrem na Residência de Hóspedes Oficiais Diaoyutai, em Pequim, segundo a embaixada dos EUA na China.
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Do lado chinês, as discussões são lideradas pelo vice-primeiro-ministro Liu He, principal encarregado da política econômica e financeira do país asiático e visto como próximo do Presidente da China, Xi Jinping. Os Estados Unidos, que almejam uma redução de 100 bilhões no déficit comercial com a China, reclamam uma maior abertura do mercado chinês.
Washington exige ainda uma proteção mais forte dos direitos de propriedade intelectual e critica a "transferência forçada de tecnologia e propriedade intelectual norte-americana" em troca de acesso ao mercado chinês. Ambos os lados expressaram, no entanto, cautela sobre o resultado das negociações.
"Este é um passo construtivo, desde que os Estados Unidos sejam sinceros (...), mas dada a complexidade das economias dos dois países, não é realista imaginar uma solução para todas as disputas", afirmou na quarta (2) Hua Chunying, porta-voz da diplomacia chinesa.
Também Lighthizer advertiu: "Eu prefiro esperar, mas nem sempre sou otimista. É um grande desafio". Pelas contas do Governo chinês, no ano passado, a China registrou um excedente de 275,8 bilhões de dólares no comércio com os Estados Unidos. As contas de Washington fixam o excedente chinês ainda mais acima, em 375,2 bilhões de dólares. Com informações da Lusa.