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A irmã do estudante Matheus Passareli, de 21 anos, desaparecido desde 29 de abril, afirmou que o jovem foi executado ao entrar em uma comunidade no bairro de Piedade, na Zona Norte do Rio. Matheus é estudante de artes visuais na Uerj e assume-se como não-binário — ou seja, entende que sua identidade de gênero não é nem de homem nem de mulher, e, sim, de uma pessoa. Também a irmã, chamada de Gabe Passareli, se identifica como não-binária.
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Gabe disse que, segundo informações recebidas da Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA), o corpo teria sido queimado.
"A partir de certo momento, descobrimos que não poderíamos circular mais pelo bairro do acontecido desaparecimento e, com isso, precisávamos zelar pela segurança daqueles que estavam nas ruas implicados em encontrarem a Matheusa. Tivemos que parar as buscas e concentrar as energias nas investigações da instituição. Segundo informações, minha irmã foi executada ao entrar em uma das comunidades do bairro", escreveu em seu perfil no Facebook.
A polícia está investigando o motivo do crime. O desaparecimento foi registrado na 24ª DP (Piedade). "Infelizmente, as últimas informações que chegaram até nós e até a instituição pública que está desenvolvendo o processo de investigação, demonstram diferentes faces da crueldade a qual estamos submetidos. Eu e minha mãe precisávamos estar em Rio Bonito, estar em companhia com nossas famílias e lidar com o sofrimento juntos. Trouxemos todos os objetos do quarto da Matheusa para a sua origem, a nossa terra natal, interior do Rio de Janeiro. Muitos registros das suas pesquisas de desenvolvimento da poética do "Corpo Estranho", roupas compradas e compartilhadas e, principalmente, seus objetos mágicos, suas plantas e livros", escreveu Gabe.