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Alvo de denúncia do Ministério Público Federal, acusado de ser o arrecadador de propinas para o presidente da República, Michel Temer, o empresário José Yunes está sendo aconselhado por alguns aliados a fazer delação premiada.
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Yunes é investigado, junto com o amigo presidente, em dois inquéritos. Um deles, baseado nas delações da Odebrecht, apura o repasse de R$ 10 milhões em doações ilícitas para campanhas do MDB. O acerto teria ocorrido durante reunião no Palácio do Jaburu.
No outro, o empresário chegou a ser detido, durante a operação Skala, que investiga o favorecimento de empresas do setor portuário, por meio de decreto assinado por Temer, em maio do ano passado.
Apesar da pressão, de acordo com informações da colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, José Yunes tem afastado a ideia. Segue afirmando que não tem nada para contar e que jamais participou de negociações para financiamento de campanha do MDB.
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Laudo da Polícia Federal obtido pela Folha, e cujos resultados foram divulgados na terça-feira (8), aponta o repasse de R$ 1 milhão a Yunes, encarregado de repassar o montante para Temer. Os dados resultam de análises nos sistemas Drousys e My Web Day, usados pela Odebrecht para gerir o pagamento de propinas a políticos.