© Bruno Cantini / Atlético
O Atlético-MG está eliminado da Copa Sul-Americana. O time dirigido por Tiago Larghi precisava da vitória, mas ficou em um empate por 0 a 0 com o San Lorenzo, nesta terça-feira (8), no estádio Independência, em Belo Horizonte (MG).
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Após perder por 1 a 0 na Argentina, o Atlético-MG precisava pelo menos devolver o placar para levar a decisão para a disputa de pênaltis. Mas com uma formação reserva, o time alvinegro foi bem, criou chances, mas não o suficiente para vencer o San Lorenzo.
O foco agora fica apenas nas competições nacionais. O Atlético está vivo nas oitavas de final da Copa do Brasil e ocupa a sexta colocação (zona de classificação para a Copa Libertadores) no Campeonato Brasileiro, após quatro rodadas disputadas.
Um dos destaques do Atlético-MG foi o volante Lucas Cândido, que atuou mais uma vez como lateral esquerdo. Jogador que apareceu cercado de muita expectativa, em 2013, ele sofreu com três graves lesões nos joelhos, entre 2014 e 2017. Contra o San Lorenzo foi apenas o segundo jogo como titular nesta temporada, e o jogador mostrou muita qualidade, se colocando como uma importante opção para Thiago Larghi para o Brasileirão e Copa do Brasil.
Pelo lado negativo, Elias não foi bem. Reserva desde a segunda rodada do Campeonato Brasileiro, o volante recebeu uma nova oportunidade diante do San Lorenzo. Ele não aproveitou a nova chance, e a titularidade de Gustavo Blanco ficou mais do que justificada pela fraca atuação do camisa 7 diante da equipe argentina.
Dos 11 jogadores que começaram diante do San Lorenzo, apenas o goleiro Victor e o meia Otero são titulares nos jogos do Campeonato Brasileiro. Apesar da formação bastante modificada, o Atlético-MG fez uma boa partida, mesmo enfrentando um dos times mais fortes da Argentina -o San Lorenzo já está classificado para fase de grupos da Copa Libertadores de 2020. Foram boas oportunidades criadas nas duas etapas, mas faltou qualidade na hora de finalizar.
A sorte do Atlético poderia ter sido melhor não fosse a péssima pontaria de Erik. Ainda na etapa inicial o atacante teve duas ótimas chances de colocar o Galo na frente, mas em ambas o chute não foi dos melhores. Aos 11 minutos o jogador do Atlético escorregou e chutou a bola sem força. Já aos 30, após bom contra-ataque puxado por Tomás Andrade, Erik foi travado pelos defensores, por demorar a chutar.
A primeira etapa no Independência foi marcada pelo excesso de faltas. Foram 25 no total, sendo dez cometidas pelo Atlético e 15 pelo San Lorenzo. Foram sete cartões amarelos mostrados, para dois atleticanos e cinco para os argentinos. O destaque foi o zagueiro Senesi, que foi advertido já com o primeiro tempo encerrado.
Assim que Erik ia puxar um contra-ataque, o árbitro Julio Bascuñán apitou o final da primeira parte do jogo. O camisa 3 do San Lorenzo que vinha embalado acertou o atacante atleticano e foi amarelado pelo juiz, mesmo com o primeiro tempo já encerrado.
Se não fosse um erro do juiz, o Atlético-MG até poderia ter saído com a vitória. Aos 25min da etapa final, Erik invadiu a área e cruzou a bola, que foi pelo chão. O zagueiro Coloccini cortou o lance com a mão, na frente do árbitro chileno Julio Bascuñán, que nada marcou. Os jogadores alvinegros reclamaram bastante no momento, especialmente Erik, que estava na jogada.
O empate sem gols eliminou o Atlético na Copa Sul-Americana. O resultado do Independência colocou fim em duas boas sequências do Galo diante de equipes argentinas. Eram sete vitórias consecutivas contra argentinos em Belo Horizonte, entre jogos da Mercosul, Libertadores e Recopa. Além disso, eram cinco classificações em sequência nos mata-matas contra times do país vizinho. Com informações da Folhapress.