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A fiscalização do MTE constatou que os tripulantes do navio estavam trabalhando cerca de 200 dias sem nenhum dia inteiro de folga. Eles trabalhavam cerca de 11 a 16 horas. Os períodos de descanso eram interrompidos por treinamentos e outras atividades. O órgão apurou ainda que os funcionários eram submetidos a pressões psicológicas dos “capos”, nome dados aos chefes.
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“Segundo relatos, esses 'capos' assediavam moralmente os trabalhadores que não se submetem às situações abusivas, tratando-os de maneira humilhante e os ameaçando com a perspectiva de tratamento, que era ainda pior quando o navio saía do alcance das autoridades brasileiras”, disse Raul Vital, chefe da Divisão de Fiscalização do Trabalho Portuário e Aquaviário.
A ação foi motivada por denúncias de trabalhadores brasileiros e da Associação de Vítimas do Trabalho em Navios de Cruzeiro. De acordo com o MTE, as denúncias são referentes ao assédio moral e sexual, jornadas exaustivas e exploração predatória do trabalho dos brasileiros a bordo de cruzeiros marítimos.