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Khalid Sheik Mohammed, que foi alvo de tortura, quer compartilhar seis parágrafos de informação sobre Gina Haspel com o Senado norte-americano. Ela é a escolhida por Trump para liderar a CIA, e dirigiu em 2002 uma prisão da agência de inteligência na Tailândia onde os reclusos eram torturados.
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Na véspera da sua audiência de confirmação no Senado para assumir a liderança da CIA, Gina Haspel volta a ver o seu nome envolvido em controvérsia.
Khalid Sheik Mohammed, conhecido como o cérebro do 11 de Setembro, pediu esta semana permissão para partilhar seis parágrafos de informação sobre Haspel com a comissão de inteligência do senado, noticia o New York Times.
Sabe-se que o principal arquiteto do atentado de 11 de Setembro foi alvo de tortura quando esteve detido numa das prisões secretas da CIA, nas semanas seguintes à sua captura em 2003.
Khalid Sheik Mohammed foi submetido à técnica de afogamento simulado 183 vezes, foi forçado a ficar nu na sua cela, foi repetidamente agredido e foi algemado com as suas mãos acima da cabeça de forma a não poder dormir durante uma semana.
Não se sabe, até o momento, se a informação que deseja dividir com o Senado está relacionada com um eventual envolvimento, direto ou indireto, de Gina Haspel na sua tortura.
O que se sabe, e que tem gerado polémica nos Estados Unidos, é que Gina Haspel dirigiu uma prisão secreta da CIA na Tailândia em 2002 onde vários reclusos foram torturados. A sua nomeação para dirigir a CIA reavivou o debate em torno do programa de interrogatórios da CIA no pós-11 de Setembro.