© Adriano Machado / Reuters
Acabou no último dia 6 o prazo para a Polícia Federal (PF) concluir as investigações sobre o suposto favorecimento da Odebrecht no período em que Eliseu Padilha e Moreira Franco, hoje ministros da Casa Civil e de Minas e Energia, respectivamente, chefiaram a Secretaria da Aviação Civil, entre 2013 e 2015. Além deles, o presidente da República, Michel Temer, também é investigado.
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A expectativa é de que a PF peça ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogação do prazo por mais 60 dias, pela segunda vez.
De acordo com informações do blog da Andréia Sadi, o Palácio do Planalto já estaria se preparando para eventuais perguntas da PF endereçadas a Temer. O advogado do presidente, no entanto, nega.
O presidente foi incluído no inquérito em março, por decisão de Fachin, que acatou pedido da procuradora-geral da República (PGR), Raquel Dodge. Ela discordou do entendimento do ex-procurador Rodrigo Janot que, no ano passado, decidiu não incluir Temer na investigação, por entender que o presidente tem imunidade constitucional enquanto estiver no cargo.
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Para a procuradora, a Constituição impede somente o oferecimento de uma eventual denúncia contra os investigados, mas não a investigação em si, sob pena da perda ou ocultamento de provas.
Segundo depoimento de delação premiada do ex-executivo da Odebrecht Claudio Melo Filho, houve um jantar no Palácio do Jaburu, em maio de 2014, para tratativas de um repasse de R$ 10 milhões como forma de ajuda de campanha para o PMDB, atualmente MDB.
Na mesma decisão em que incluiu Temer no inquérito, Fachin ainda autorizou a prorrogação das investigações, a pedido da PF e da PGR.