© Brendan McDermid / Reuters
Quando Madonna escala o piano preto no Met Gala, é o brasileiro João Ventura quem toca e a observa.O show era surpresa; poucos sabiam que ela cantaria "Like a Prayer", a nova "Beautiful Game" e "Hallelujah", de Leonard Cohen (1934-2016).
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"Foi tudo muito rápido; ela me chamou para um evento", diz Ventura, 32, que soube que ia ao Met Gala apenas quatro dias antes da festa.
Tudo começou há um mês e meio, quando o pianista brasileiro de Aracaju (SE) foi visto e ouvido pela diva pop durante um show em Lisboa.
A cantora vive na capital lusitana desde 2017, e Ventura desde 2015 estuda artes musicais em doutorado na Universidade Nova de Lisboa.
Sua pesquisa une erudito e popular em "Contrapontos"; não são meros pot-pourris, mas arranjos novos que preservam a memória melódica.
Uma publicação partilhada por João Ventura (@joaoventura) a 8 de Mai, 2018 às 10:53 PDT
Como no misto entre Beethoven ("Sonata ao Luar") e Tom Jobim e Vinicius de Moraes ("Insensatez")."Música é música, a única diferença que aceito é sobre ser bem feita ou não", afirma.
Ventura tocava um de seus "Contrapontos" quando foi recrutado pela diva, que viu na dicotomia musical paralelo com o oposto moda/religião que fundou a edição 2018 da festa no Metropolitan Museum, em Nova York.
A ligação com a música é familiar: seu avô foi João Mello (1921-2010), ex-executivo que lançou Jorge Ben e Djavan nos anos 1960 e 1970.
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Seus híbridos também impressionaram Toquinho. O mestre é generoso: "João compõe, canta e tem habilidade que nunca tinha visto. Um showman".
Eles têm feito shows em Portugal e, em setembro, vêm a Aracaju. Com informações da Folhapress.