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Indicada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para chefiar a CIA (Agência Central de Inteligência, na sigla em inglês), Gina Haspel disse nesta quarta-feira (9), em audiência do Senado americano, que, sob seu comando, a agência não retomará uso de tortura de prisioneiros.
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A escolhida de Trump é criticada por seu papel em um programa já extinto da CIA em uma prisão secreta na Tailândia, que, em 2002, teria feito uso de técnicas de tortura, tal como a simulação de afogamento, para interrogar suspeitos da Al Qaeda.
Gina afirmou que o manual militar, ao qual a CIA está atualmente sujeita, proíbe especificamente métodos de tortura. A regra não existia na época em que ela atuou na Tailândia, logo após os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, em Nova York.
No início desta semana, a imprensa americana noticiou que as críticas fizeram Gina cogitar rejeitar o convite de Trump. De acordo com o jornal Washington Post, a indicada teria receio de que a audiência do Senado causasse danos à sua reputação e à CIA.
Apesar disso, Gina conta com total apoio do presidente americano, que deixou uma mensagem em seu Twitter na última segunda-feira (7).
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"Minha altamente respeitada indicada à diretoria da CIA, Gina Haspel, passou a ser atacada porque foi dura demais com terroristas. Pense nisso, nestes tempos tão perigosos, temos a pessoa mais qualificada, uma mulher, que os democratas querem fora por ser muito dura com o terrorismo. Vença, Gina!", disse.
Ela foi indicada por Trump para substituir Mike Pompeo, atual secretário de Estado. Agora, precisa de aprovação do Senado para se tornar a primeira mulher a chefiar a CIA. Os republicanos, que tem maioria de 51 a 49 na Casa, esperam que a votação aconteça até o fim de maio. Com informações da Folhapress.