Depois do Bradesco, BB também entra no negócio de maquininhas

Meta é vender 125 mil aparelhos até o final do ano

© Reprodução

Economia aposta 10/05/18 POR Folhapress

O Banco do Brasil decidiu entrar no negócio das maquininhas de pagamento, pouco menos de um duas semanas após o Bradesco anunciar o mesmo movimento, disse o BB nesta quinta-feira (10).

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Assim como o concorrente privado, o Banco do Brasil terá uma parceria com a Cielo para vender maquininhas com marca própria. BB e Bradesco têm participação societária na Cielo. A meta do Banco do Brasil é vender no mínimo 125 mil maquininhas até o final do ano.

O anúncio foi feito durante a divulgação do lucro do banco no primeiro trimestre. O BB viu seu resultado crescer 20,3% nos três primeiros meses do ano, para R$ 3,026 bilhões.

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"A Cielo está no jogo para ganhar. Estamos nos adaptando aos tempos modernos, mas estamos no jogo para ganhar", afirmou o presidente do banco, Paulo Caffarelli, na apresentação do resultado. "Nossos clientes poderão contratar as máquinas e já sair com elas das agências."

Num primeiro momento, correntistas do BB e donos de cartões emitidos pelo banco não receberão qualquer tipo de benefício ao usar a maquininha, afirmou Marcelo Labuto, vice-presidente de negócios de varejo do BB. Como comparação, o Santander Brasil dá mais pontos ao cliente que faz a transação via GetNet, aquirente que pertence ao banco. O Itaú Unibanco é dono da Rede.

Labuto afirma que o banco começou a estudar a entrada nesse mercado em janeiro deste ano. O objetivo é diversificar as fontes de receita do banco, capturando parte das taxas cobradas pelo uso da maquininha nos pagamentos, complementou.

"Quando a gente trabalha com pessoa jurídica, é importante deter o fluxo de caixa das empresas dentro do banco, para que a gente consiga desenvolver melhores produtos, soluções de crédito e para que a gente possa atender melhor esses segmentos", disse Labuto.

Na apresentação, Caffarelli anunciou que o BB vai aumentar de 30% para 40% a parcela do lucro ajustado que será distribuído aos acionistas.

"A gente entende que é nossa obrigação, dentro da expectativa dos nossos acionistas, e também muito importante a questão dos minoritários, retornar para payouts [pagamentos] adequados. Neste ano será de 40%, nos anos seguintes, o tempo que vai dizer", afirmou Caffarelli.

Em um ano, a carteira de crédito ampliada do banco recuou 1,9%, para R$ 675,6 bilhões. Para 2018, o BB projeta crescimento de 1% a 4% na carteira. 

"Parte do que temos de funding hoje de grandes empresas migraria para pessoas físicas e empresas de pequeno e médio porte, porque existe um menor consumo de capital e uma margem maior. Se a gente quer aumentar a margem e ter retorno melhor, precisamos aumentar nossa carteira de clientes." Com informações da Folhapress. 

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