© Reuters / Adriano Machado
Com a prisão do ex-presidente Lula, o PT passa, agora, a viver um dilema, que cresce à medida em que começam a acontecer sabatinas e os debates com os candidatos à Presidência: apresentar ou não o candidato a vice na chapa.
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Para uma ala do partido, a ideia seria interessante porque o escolhido poderia representar o ex-presidente nos eventos, e propagar o projeto político do partido. Para outro parcela, no entanto, a decisão enfraqueceria a luta pela liberdade de Lula.
Entre os nomes sugeridos para vaga estariam o do ex-chanceler Celso Amorim, o do ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad, e o do ex-governador da Bahia Jacques Wagner. Os dois últimos já foram cogitados até mesmo para assumir o lugar de Lula na cabeça da chapa, em caso de impugnação da candidatura do ex-presidente.
Lula foi condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) a 12 anos e um mês de prisão, pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. Por isso, foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa. A candidatura dele dependerá de decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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No entanto, outro grupo, encabeçado pela presidente da sigla, Gleisi Hoffmann, rechaça qualquer "plano B" ao ex-presidente, e garante que ele será registrado como candidato ao Planalto, até 15 de agosto.
Isolamento
No entendimento de alguns integrantes do partido, o que pesa contra o anúncio do vice é que, dessa forma, o PT estaria confirmando o isolamento na campanha eleitoral, enquanto seus antigos aliados discutem a formação de uma frente de partidos de centro-esquerda em torno da pré-candidatura de Ciro Gomes.
Outra alternativa pensada pelo partido, encabeçada por correntes minoritárias, de acordo com informações da Folha de S. Paulo, é que o partido opte por uma anticandidatura. Nesse caso, o líder da chapa teria a função de denunciar a “perseguição” a Lula e passar recados do ex-presidente aos eleitores. Caso vingue essa ideia ainda embrionária, o posto seria ocupado por Gleisi, apesar das críticas que tem enfrentado.