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O papa Francisco se encontrará com bispos chilenos entre 14 e 17 de maio para tratar sobre o escândalo de pedofilia que abalou a imagem da Igreja Católica no país e vai pedir aos prelados que expliquem as razões para o encobrimento dos crimes.
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"O Santo Padre, recordado pelas circunstâncias e desafios extraordinários dos abusos de poder, sexualidade e consciência verificada no Chile nas últimas décadas, considera necessário examinar em profundidade as causas e consequências, bem como os mecanismos que levaram, em alguns casos, o ocultamento e as graves omissões em relação às vítimas", diz o comunicado da Santa Sé.
Entre os convocados para o encontro está o arcebispo emérito de Santiago, cardeal Francisco Javier Errázuriz, colaborador próximo do argentino e membro do conselho que trabalha na reforma da Cúria. Além dele, o bispo de Osorno, Juan Barros, um dos pivôs do caso, também participará da discussão.
A reunião acontecerá em decorrência das denúncias realizadas por vítimas do padre chileno Fernando Karadima, já condenado pelo Vaticano por pedofilia, que acusam Barros de ter acobertado os casos durante anos, devido à sua proximidade com o sacerdote, seu mentor no seminário. Na nota, a Santa Sé ressaltou que é "fundamental restaurar a confiança na Igreja através de bons pastores que testemunham com suas vidas e são capazes de acompanhar o sofrimento das vítimas e trabalhar determinante e incansavelmente na prevenção do abuso".
Na última passada, três vítimas foram recebidas por Francisco, que, em um primeiro momento, rechaçou as denúncias contra Barros. Somente depois que o arcebispo de Malta, Charles Scicluna, aprofundou as investigações, o Papa reconheceu ter cometido "graves erros de avaliação". No entanto, até o momento, nenhuma ação concreta sobre o escândalo foi anunciada. Com informações da ANSA.
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