Polícia indentifica gêmeos de prédio que desabou no centro de SP

A mãe das crianças, a catadora de recicláveis, Selma de Almeida, 40, continua desaparecida

© Reuters

Brasil Exame 12/05/18 POR Folhapress

Mais duas vítimas do desabamento do edifício Wilton Paes de Almeida, no Largo do Paissandu, no centro de SP, foram identificadas neste sábado (13), segundo informações da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. De acordo com exames do Instituto Médico Legal, as ossadas encontradas nesta semana pertencem aos gêmeos Wender e Welder, 10. A mãe das crianças, a catadora de recicláveis, Selma de Almeida, 40, continua desaparecida. 

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Além de Selma, oficialmente, mais duas pessoas ainda não foram encontradas: A faxineira Eva Barbosa, 42, e seu marido, Valmir de Souza Santos 47. Também já foram identificados Ricardo Oliveira Galvão Pinheiro, 39, e Francisco Lemos Dantas, 56.

CURTO-CIRCUITO

Na semana passada, a polícia disse que, após ouvir uma testemunha, concluiu que um curto-circuito no quinto andar, provocado por excesso de aparelhos ligados em uma tomada, foi a causa do fogo no prédio.Reportagem da Folha de S.Paulo desta quarta-feira (9) relevou que o combate às chamas no prédio foi dificultado pela falta de água em hidrantes da região central.

+ 'Bombeiros devem ter poder de interditar prédios', diz comandante da PM

Isso obrigou os bombeiros a adotarem uma espécie de racionamento no auge do combate ao incêndio, com a redução da potência de jatos das mangueiras.A economia forçada de água ocorreu em uma estratégia para que as mangueiras não ficassem completamente secas enquanto os caminhões-pipa da corporação se revezavam em ação de apoio à operação. O prédio invadido pelos sem-teto tinha muito material inflamável, como papelão e madeira, e a retirada dos elevadores transformou os buracos em verdadeiras chaminés, que jogavam o calor para os andares superiores do prédio.

O desabamento provocou ainda a interdição de cinco imóveis em seu entorno, sendo quatro prédios e a igreja. Segundo a Defesa Civil, todos os bloqueios são totais e não há previsão de liberação. Não foi encontrado risco iminente de colapso em nenhum deles, mas eles seguem monitorados pelo órgão. Um desses imóveis é o edifício Caracu, localizado na rua Antônio de Godói, que foi liberado para a entrada de moradores pela primeira vez na última sexta-feira (4).

As pessoas puderam retirar pertences pessoais, como documentos e medicamentos, mas não puderam permanecer no local. Também estão interditados a igreja, no número 34 da av. Rio Branco; um prédio, no largo do Paissandu, 132; e um edifício estreito da Antônio de Godói, que ficou com marcas das chamas em sua fachada. Essa última construção conta como duas interdições por ter duas numerações (8 e 26). Com informações da Folhapress.

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