Anistia Internacional cobra solução para caso Marielle em comunicado

Comunicado traz declarações da diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck, mas também dos pais e da irmã da vereadora

© Reuters

Mundo investigação 13/05/18 POR Estadao Conteudo

Para marcar os dois meses do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes (em 14 de março), a Anistia Internacional divulgou um comunicado em que renova a pressão sobre as autoridades de segurança para que o caso seja solucionado. O comunicado traz declarações da diretora-executiva da Anistia Internacional no Brasil, Jurema Werneck, mas também dos pais e da irmã da vereadora.

PUB

"A cada dia que se passa as chances de que um caso de homicídio seja resolvido diminui. Não podemos deixar que o assassinato de Marielle fique sem resposta porque a impunidade alimenta o ciclo de violência. É muito importante que a mobilização das pessoas seja cada vez maior. Isso é fundamental para a resolução deste caso", disse Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional Brasil.

"Acreditamos na seriedade do trabalho que tem sido feito na investigação, e esperamos que isso permaneça até obtermos uma resposta concreta. Não é uma resposta para família somente, mas para o mundo inteiro. E a luta tem que continuar", afirma Marinete da Silva, mãe de Marielle.

"Sem pressão, não haverá solução. A mobilização das pessoas foi fundamental para que o mundo tomasse conhecimento da execução de Marielle, que chocou a todos e ainda causa dor todos os dias. Mas precisamos continuar cobrando os responsáveis pela investigação do crime. Quem matou e quem mandou matar Marielle Franco? Estas perguntas não Podem ficar sem respostas", defende a diretora-executiva da Anistia Internacional.

+ Nicarágua vive dia de saques e barricadas; protestos somam 54 mortos

Marielle era defensora de direitos humanos, ativista dos movimentos LGBTI e das favelas, negra e bissexual. Aqueles que matam defensores de direitos humanos querem silenciar sua voz, desmobilizar sua luta e gerar um processo mais amplo de medo e silenciamento. Deixar o homicídio de uma defensora de direitos humanos sem resposta é abrir a porta para outros episódios de violência contra outros defensores e defensoras de direitos humanos, ativistas e lideranças comunitárias.

"Enquanto tivermos forças iremos exigir justiça ocupando as ruas e espaços públicos. Minha irmã era resistência, e é assim que iremos até o final", coloca Anielle, irmã da vereadora assassinada Marielle Franco.

"Ela era destemida. Ela nunca se escondeu. Ia de cara limpa e na frente. Ela era muito raçuda e corajosa. Quem a matou fez o oposto. Não colocaram a cara. Se esconderam. São 60 dias de um vazio sem fim", afirma o pai de Marielle, Antonio Francisco da Silva Neto.

"Temos nos mobilizado para que as autoridades não deixem de dar a resposta que toda sociedade, não apenas no Brasil, mas em todo mundo, precisa: Quem matou e quem mandou matar Marielle Franco? Não descansaremos até que este assassinato seja esclarecido. Convocamos todas as pessoas a assinar nossa ação-urgente pedindo uma investigação imediata, completa, imparcial e independente sobre o caso", aponta a diretora-executiva da Anistia Internacional.

"No mês passado, pressionamos as autoridades responsáveis pelo Twitter e a hashtag #MarielleFranco chegou a ficar em 3º lugar dos tópicos mais comentados no Brasil. Agora é fundamental que todos assinem a ação-urgente. E para as mais de 12.000 pessoas que já assinaram a ação, compartilhe o link com seus amigos e familiares para que a mobilização se torne ainda maior. ", conclui Jurema Werneck. Com informações do Estadão Conteúdo.

PARTILHE ESTA NOTÍCIA

RECOMENDADOS

fama Emergência Médica Há 7 Horas

Atriz Lisandra Silva é hospitalizada após uso de Ozempic

mundo Eleições Há 7 Horas

EUA: Centro de referência em projeções vê vitória de Kamala

fama Luto Há 8 Horas

Fãs e familiares se despedem de Agnaldo Rayol em velório na Alesp

fama Política Há 12 Horas

Jojo Todynho se revolta com boicote por ser de direita: 'Sou o que quiser'

mundo Estados Unidos Há 14 Horas

Kamala e Trump travam o que pode ser o embate mais acirrado da história dos EUA

politica Justiça Há 13 Horas

Moraes manda Fátima de Tubarão cumprir pena por atos de 8 de janeiro

fama Estados Unidos Há 14 Horas

Rihanna encoraja americanos a irem às urnas: 'Votem, porque eu não posso'

fama Luto Há 23 Horas

Agnaldo Rayol construiu legado entre a música, a televisão e o cinema

esporte Futebol Há 12 Horas

Flamengo: Bruno Henrique é investigado por suposto esquema de apostas

tech Rede social Há 14 Horas

O X lança uma das suas alterações mais controversas