Serasa capta inadimplência recorde em abril; 61,2 millhões têm dívidas

Economistas ressaltam que o avanço do desemprego no primeiro trimestre prejudicou quem pretendia pagar as contas em dia

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Economia Atrasos 15/05/18 POR Estadao Conteudo

O nível de inadimplência no País atingiu 61,2 milhões de pessoas em abril, marca recorde, conforme a Serasa Experian. No quarto mês do ano o indicador teve alta de 0,4% em relação a março, subindo 1,9% na comparação com abril de 2017. A última vez que o índice alcançou marca histórica foi em novembro de 2017, quando chegou a 61,1 milhões.

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O total de contas com pagamentos atrasados foi de R$ 271,7 bilhões, com média de quatro por CPF, totalizando R$ 4.438 por pessoa na média.

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Os economistas da Serasa ressaltam, em nota, que o avanço do desemprego no primeiro trimestre prejudicou quem pretendia pagar as contas em dia, "já que a falta de emprego é uma das principais causas da inadimplência no Brasil."

A concentração de compromissos financeiros típicos dos primeiros meses do ano - IPVA, IPTU, material escolar, entre outros - também contribuiu para a elevação do número de pessoas com dívidas atrasadas últimos três meses, destaca a nota.

Gênero

A maior concentração dos negativados está no gênero masculino, que representa 50,8% dos devedores em atraso. A maioria das pessoas com débitos vencidos tem entre 41 e 50 anos, o que representa 19,7% do total. Em segundo lugar no ranking de participação entre os inadimplentes estão os jovens entre 18 e 25 anos, que respondem por 14,2% do total.

Região

A região Sudeste é a que mostrou a maior participação (45,1%) de porcentual de consumidores com dívidas em atraso. Em seguida, aparecem Nordeste (25,2%), Sul (12,7%), Norte (8,9%) e Centro-Oeste (8,1%).

De acordo com a Serasa, as dívidas com bancos e cartões de crédito não pagas em dia no mês de abril lideraram o ranking, com representatividade de 28,6%. As Utilities (água, luz e gás) aparecem na segunda posição, com 19,2%. Varejo (12,6%), telefonia (11,5%), serviços (10,9%), financeira/leasing (10%) e outros (7,3%) aparecem em seguida. Com informações do Estadão Conteúdo.

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