© REUTERS/Denis Balibouse
O principal jogador do Peru não jogará a Copa. Paolo Guerrero, suspenso desde outubro de 2017 por doping, recebeu um aumento de sua punição no Tribunal Arbitral do Esporte e só voltará aos gramados em 2019. Por conta disso, a Federação Internacional dos Jogadores Profissionais de Futebol (FIFPro) entrou com um questionamento na Fifa contra a pena estipulada.
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Segundo a Fifpro, a afirmação de que não houve a intenção de se beneficiar com o uso da substância (um metabólito da cocaína) mostra que a pena deveria ser reduzida. O jogador, inclusive, já cumpriu seis meses.
Leia abaixo o comunicado na íntegra:
A FIFPro está convocando uma reunião urgente com a FIFA depois que o jogador de futebol Paolo Guerrero foi suspenso por 14 meses por ingerir acidentalmente uma substância proibida, impedindo-o de representar o Peru na Copa do Mundo.
A FIFPro considera a proibição injusta e desproporcional, e o exemplo mais recente de um Código Mundial Antidoping que muitas vezes leva a sanções inapropriadas, especialmente quando foi estabelecido que não havia intenção de trapacear.
Tanto a Fifa quanto a Corte de Arbitragem do Esporte concordaram que Guerrero não ingeriu conscientemente a substância e que não houve efeito de melhoria de desempenho. Por isso, desafia o senso comum de que ele deveria receber uma punição que é tão prejudicial para sua carreira.
O Código WADA foi imposto e atualizado sem a devida consulta aos jogadores de futebol e seus representantes.
À luz deste caso e de outras decisões recentes, a FIFPro pede à FIFA e a outras partes interessadas do futebol que revisem imediatamente como mudar as regras antidoping no futebol, para que sirvam aos melhores interesses do jogo e protejam os direitos fundamentais dos jogadores."