© Reuters / Ricardo Moraes
A reconstituição das mortes da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, feita na última sexta-feira (11), ganhou mais um capítulo nesta terça-feira (15). É possível que a arma utilizada no crime tenha tido o cano adaptado para abafar ruídos. Os criminosos teriam modificado um supressor da metralhadora. As informações são do Extra.
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A hipótese foi levantada após uma testemunha ter ouvido uma rajada de tiros de uma submetralhadora alemã HK, disparada por policiais da Divisão de Homicídios (DH), no dia da reconstituição. Apesar da semelhança do barulho escutado em 14 de março, data dos assassinatos, no centro do Rio, ela disse que os estampidos da simulação estavam mais altos.
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Outras linhas de investigação apontam que os autores do crime tenham utilizado uma submetralhadora com silenciador de fábrica. Além dessa, há também a suspeita de que essa mesma arma, no caso, sem silenciar ruídos, possa ter sido usada. De acordo com Vinicius Cavalcante, especialista em armas e diretor da Associação Brasileira de Profissionais de Segurança no Rio de Janeiro, a possibilidade da adaptação não é descartada.
"A arma pode ser adaptada com uma espécie de abafador de ruídos tanto na sua versão mais curta ( MP5 K) quanto na tradicional. Quanto menor for o potencial da munição (para treinamento, por exemplo) menor é o ruído da arma silenciada. Agora, há ainda a submetralhadora HK MP 5 SD, que já conta com silenciador de fábrica e é usada no Brasil por unidades especiais das Forças Armadas. É uma arma cara e pouco comum no país.