© REUTERS/Ueslei Marcelino
A Conferência Episcopal da Venezuela pediu nesta quinta-feira (17) que o governo de Nicolás Maduro "respeite a vida daqueles que estão sob sua responsabilidade".
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A cobrança chega um dia após a revolta de prisioneiros políticos na sede central do Serviço Bolivariano de Inteligência (Sebin), em Caracas, que deixou dezenas de opositores feridos. Segundo a imprensa local, eles foram "brutalmente espancados".
O motim foi provocado por supostas violações dos direitos humanos dos detentos. "Queremos ver alguém, se existe alguém capaz de fazê-lo, que venha mostrar a cara nessa prisão subterrânea onde se mata pessoas", declarou o ex-prefeito de San Cristóbal Daniel Ceballos, preso desde 2014, em um vídeo.
A revolta aconteceu em meio ao clima de crescente tensão no país por causa das eleições presidenciais do próximo domingo (20), que serão boicotadas por parte das forças de oposição. O maior desafiante de Maduro é o dissidente chavista Henri Falcón.
A tensão levou ao fechamento da filial venezuelana da empresa de alimentos norte-americana Kellogg's, na última terça-feira (15).
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Na data, os funcionários se depararam com as portas do estabelecimento trancadas, com um comunicado que dizia que "a deterioração da situação econômica e social no país forçou o encerramento das operações".
Maduro, por sua vez, anunciou que a companhia, "controlada por investidores mexicanos", seria "devolvida ao povo". A Kellogg's não é a única empresa que saiu da Venezuela. Além dela, Bridgestone e General Motors também encerraram suas atividades no país. Com informações da ANSA.