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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), preso há mais de um mês na Superintendência da Polícia Federal em Curitiba (PR), diz que não aceita receber um indulto. Foi o que afirmou a presidente do partido, a senadora Gleisi Hoffmann, na tarde desta quinta-feira (17). Ela visitou o petista ao lado do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad.
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"Hoje ele me disse claramente: 'Tem que parar de falar em indulto para mim. Eu não aceito indulto. Eu sou inocente, quero provar minha inocência'", relatou.
A ideia de defender o indulto a Lula não é consensual no PT, conforme noticiou a Folha de S.Paulo. Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, e Ciro Gomes, pré-candidato à Presidência pelo PDT, já se manifestaram dizendo que prometer o indulto seria "uma loucura".
Gleisi voltou a afirmar que Lula é o candidato do partido no primeiro turno e argumentou que o ex-presidente tem os direitos políticos preservados. No entendimento da senadora, a Lei da Ficha Limpa não impede que Lula concorra -ela fez referência a 145 prefeitos condenados que foram candidatos nas últimas eleições e ao artigo 26-C do texto.
O artigo citado determina: "O órgão colegiado do tribunal ao qual couber a apreciação do recurso (...) poderá, em caráter cautelar, suspender a inelegibilidade sempre que existir plausibilidade da pretensão recursal".
A senadora também disse que, "se nada der certo", Lula "saberá encaminhar o processo com a direção do PT".
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Fernando Haddad, tratado como o plano B da legenda, tem mantido conversas com outros partidos de esquerda. Nesta quinta, ele afirmou que o ex-presidente recomendou que o diálogo continue. "Lula é o primeiro a estabelecer o diálogo. É do interesse dele que os partidos progressistas, que se opõem ao governo Temer, mantenham o diálogo, independentemente de ter candidato próprio."
Questionada se Lula havia comentado sobre a foto do juiz Sergio Moro com o ex-prefeito João Doria (PSDB), Gleisi disse que não. "Não precisa nem de comentários, a foto é autoexplicativa. Já esteve com Aécio [Neves], [Michel] Temer, vive de convescotes com o pessoal do establishment."
Com informações da Folhapress.