© Marcelo Camargo/Agência Brasil
O empresário Joesley Batista, do grupo J&F, solicitou ao relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luiz Edson Fachin, que fosse aberta uma conta judicial para que ele possa iniciar o pagamento de R$ 110 milhões previsto em seu acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR).
PUB
O acordo prevê que o empresário ressarça os cofres públicos do prejuízo decorrente das irregularidades que ele confessou ter cometido. Parte do valor (80%) seria destinado à União e uma parte menor (20%) aos órgãos que atuam no combate ao crime.
Segundo a defesa, foi firmado no acordo que a primeira parcela do pagamento deveria acontecer no dia 1º de junho. O empresário desembolsaria R$ 11 milhões por ano, durante 10 anos.
No entanto, a própria PGR pediu ao STF a anulação do acordo. O órgão acusa Joesley, o irmão dele Wesley Batista e mais dois executivos do grupo de omissão e má fé. Segundo a PGR, eles deixaram de informar uma suposta orientação prestada pelo ex-procurador Marcello Miller nas negociações, enquanto ele era membro do Ministério Público.
+ PT lançará pré-candidatura de Lula no dia 27, diz deputado após visita
A defesa de Joesley não menciona o pedido de anulação no documento que pede a abertura da conta, entregue nesta segunda-feira (21). De acordo com os advogados, o empresário está cumprindo as obrigações previstas no acordo.
"Visando ao cumprimento integral do Acordo de Colaboração, como tem feito em relação a todas as demais obrigações assumidas, requer-se a Vossa Excelência que seja determinada a abertura de conta bancária para depósito judicial da multa acordada", diz documento ao qual o G1 teve acesso.