© Suami Dias/ GOVBA
Professores das escolas particulares do estado de São Paulo devem realizar um dia de greve nesta quarta-feira (23). O ato foi aprovado pela categoria em assembleia e trata-se de um protesto contra a perda de direitos dos docentes após a reforma trabalhista.
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Como apurado pela revista Veja, o Sinpro-SP - sindicato que representa os professores na capital paulista - alega que não houve acordo para a renovação integral de 65 itens que regem a convenção coletiva dos docentes da rede básica privada de ensino.
Só o estado de São Paulo reúne cerca de 112.000 professores, distribuídos em mais de 7.000 escolas, segundo o Ministério do Trabalho.
A categoria e o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (SIEESP) — sindicato patronal — divergem em vários pontos, como na manutenção da bolsa de estudos integral para até dois filhos dos docentes, recesso de 30 dias, garantia semestral de salário e unificação das férias.
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Professores e diretores de colégios tradicionais da capital paulista se reuniram para decidir se vão aderir à paralisação. Até o momento, apenas a unidade Vergueiro do colégio Lyceé Pasteur confirmou participação.
Uma nova assembleia deve ser realizada na quarta-feira (23) para decidir se os docentes entram ou não em greve por tempo indeterminado a partir de segunda-feira (28). Na sequência, a categoria deve realizar um ato público no vão do Masp, na Avenida Paulista.
Não houve acordo na audiência de conciliação realizada entre o sindicato patronal e os dos professores na semana passada.
As escolas
Em nota à revista, o SIEESP garante que não pretende extinguir direitos dos professores previstos na Convenção Coletiva.
“A proposta levada pelo Sieeesp à mesa de negociações não foi a eliminação do recesso, e, sim, sua redução de 30 para 23 dias, para permitir que as escolas façam uso pedagógico desses sete dias atuais”, consta no documento.
De acordo com o sindicato das instituições de ensino, por uma exigência do Ministério da Educação (MEC), os dias letivos passaram de 180 para 200 por ano, “o que vem trazendo dificuldades expressivas para o planejamento das escolas”.
Sobre a proposta de redução das bolsas de estudos integrais para professores que têm até dois filhos, o sindicato afirma ser uma demanda de pequenas escolas que enfrentam problemas financeiros. Em relação à demissão dos professores, segundo a instituição, não é comum a dispensa de docentes durante o semestre, o que faz com que a solicitação dos professores da garantia de semestralidade em 22 meses se torne inviável.