Revisão de benefícios paralisa escolas particulares de SP

Objetivo do ato é barrar a retirada de direitos da categoria

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Brasil greve 22/05/18 POR Notícias Ao Minuto

Professores de escolas particulares do estado de São Paulo vão aderir à paralisação convocada por sindicatos para esta quarta-feira (23), com o objetivo de barrar a retirada de direitos da categoria, previstos em convenção coletiva.

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Colégios da cidade de São Paulo, como o São Domingos, Equipe, Nossa Senhora das Graças e o Santa Cruz suspenderam as aulas. Por outro lado, escolas como o São Luís, Rio Branco, Dante Alighieri e Bandeirantes dizem que vão manter as atividades normalmente. Nas escolas que anunciaram a paralisação, muitos pais e mães de alunos se mobilizaram, com abaixo-assinados na Internet e participação em atos, para apoiar os professores.

Na quarta, a Federação dos Professores do Estado de São Paulo (Fepesp), que representa vários sindicatos, vai realizar uma série de atividades de mobilização, incluindo uma manifestação às 17h no vão do Masp, na avenida Paulista. Os professores também vão se reunir em assembleia para decidir se entram em greve a partir do dia 28.

Segundo a federação, a categoria reivindica a manutenção da convenção coletiva, que garante determinados direitos aos professores de escolas particulares, como bolsas para os filhos e férias coletivas. Em março, o Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino no Estado de São Paulo (Sieesp), entidade patronal, propôs alterações nos benefícios, e a convenção não foi renovada.

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Entre as mudanças, o Sieesp quer restringir o acesso a bolsas de estudos para filhos de professores (hoje válido para até dois alunos) e reduzir dez dias do período de recesso escolar no fim do ano. Além disso, o Sieesp pretende mudar o tempo de contratação de 22 meses para 60 (cinco anos) para ter direito à garantia semestral de salários, regra que regula o período de demissão do professor. A garantia estabelece que os profissionais só podem ser demitidos ao final de cada semestre letivo.

Outra proposta do Sieesp é a possibilidade de dividir as férias dos professores. Atualmente, as escolas precisam dar férias coletivas de 30 dias, preferencialmente em julho. Como há professores que trabalham em mais de um colégio, a mudança poderia impedir que um profissional tivesse um período totalmente livre, segundo a Fepesp.

Como a negociação não avançou, os sindicatos de professores acionaram a Justiça do Trabalho. Nas duas audiências de conciliação, não houve acordo.

No Vera Cruz e no Nossa Senhora das Graças (Gracinha), grupos de pais se organizaram por redes sociais e publicaram abaixo-assinados na Internet para apoiar os professores. No Gracinha, o grêmio estudantil se manifestou em defesa dos profissionais e vai participar dos atos de quarta. Pais também se mobilizaram e escreveram cartas favoráveis aos professores no São Domingos e no Equipe.

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