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O repórter Bruno Amorim, do jornal O Globo, foi preso sem motivação legal, apenas porque estava fotografando a ação dos policiais, que o acusaram de estar "incitando os manifestantes". Mesmo se identificando como jornalista, mostrando o crachá da empresa, ele foi detido e levado para a 25ª Delegacia de Polícia, onde acabou liberado.
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Na nota intitulada “Em repúdio à violência policial contra jornalistas”, o sindicato cobra uma posição oficial sobre as agressões. “O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro cobra do governo, das autoridades da Segurança Pública e do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, assim como do Ministério da Justiça, providências imediatas para garantir a devida e rigorosa apuração dos desvios de conduta policial ocorridos na operação militar feita na manhã desta sexta-feira na Favela da Telerj, no Engenho Novo, zona norte da cidade.”
E prossegue: “Manifestamos absoluto repúdio às violações aos direitos humanos e à democracia que foram perpetradas pela Polícia Militar na operação. Entre os presos e feridos, o repórter Bruno Amorim, do jornal O Globo, foi rendido com uma chave de braço por PMs, que arrancaram os seus óculos, apreenderam o seu celular, filmaram o seu rosto e o levaram preso para a 25ª DP [Delegacia de Polícia], de onde foi liberado horas depois. Outros jornalistas também foram ameaçados, agredidos e alvos de bombas lançadas de um helicóptero por policiais militares”.
Por último, a nota divulgada pelo sindicato informa que serão buscadas medidas que garantam o livre exercício do trabalho jornalístico. “Ficou claro que o cerceamento ao nosso exercício profissional teve o notório propósito de impedir o registro das violações de direitos humanos praticadas pela PM na operação de retirada da população da favela. Em defesa dos interesses coletivos e individuais da nossa categoria, o sindicato exige ainda que o governo e as autoridades de segurança pública do estado do Rio de Janeiro garantam o fim dessa política de perseguições e ataques de policiais militares contra os jornalistas. Estudamos as medidas cabíveis para responsabilizar o Estado não só pelos abusos verificados nesta manhã, como também pelo sistemático cerceamento que a nossa profissão tem sofrido historicamente por meio de intimidação e violência armada.”
A PM foi procurada para se posicionar sobre a nota do sindicato, por meio de sua assessoria de imprensa, mas até a publicação desta matéria ainda não havia se pronunciado.