© Fernando Frazão/Agência Brasil
A paralisação dos caminhoneiros autônomos, em seu terceiro dia, suspendeu as atividades de 91 mil trabalhadores de plantas industriais da suinocultura e avicultura nesta quarta-feira (23).
PUB
De acordo com a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal), há 78 plantas paradas, principalmente nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.
+ Greve de caminhões afeta abastecimento de alimentos em SP
O cenário supera a expectativa da entidade para o dia. Nesta terça (22), cinco plantas estavam fechadas no país e o cenário para esta quarta previa ao menos 20 unidades sem condições para operar.
Elas fecharam porque, com a greve dos caminhoneiros, não está sendo possível levar os animais das granjas para abate e a produção não consegue deixar a indústria para chegar aos supermercados ou aos portos, para exportação.
"O impacto até aqui é imenso, muito relevante e importante, muito mais do que das outras vezes [em que caminhoneiros pararam]. A consequência final é o desabastecimento", afirmou nesta terça Ricardo Santin, vice-presidente e diretor de mercados da ABPA, que representa mais de 140 agroindústrias e entidades vinculadas à avicultura e à suinocultura.
A entidade publicou comunicado sobre os riscos ao setor caso os bloqueios persistam nas rodovias do país."A continuar este quadro, há risco de falta de produtos para o consumidor brasileiro. Animais poderão morrer no campo com a falta de insumos", diz trecho de comunicado da associação.
Ainda segundo a ABPA, contratos de exportação poderão ser perdidos e há "um forte aumento de custos logísticos com reprogramação de embarque de cargas". Com informações da Folhapress.