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O Departamento de Estado americano anunciou nesta quarta-feira (23) a expulsão de dois diplomatas venezuelanos em retaliação à proibição de permanência de dois representantes dos EUA pelo ditador Nicolás Maduro.
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Na terça (22), Maduro havia expulsado o encarregado de negócios em Caracas, Todd Robinson, e o chefe da seção política da embaixada, Brian Naranjo, devido às novas sanções econômicas ao regime venezuelano.
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A resposta do governo americano foi com a expulsão do encarregado de negócios em Washington e o vice-cônsul em Houston. Assim como Robinson e Naranjo na Venezuela, eles terão 48 horas para deixar os EUA.
"As acusações por trás da decisão do regime de Maduro são injustificadas. Nossos funcionários cumpriram com suas funções de forma responsável e consistentes com a prática diplomática e a Convenção de Viena", diz, em nota.
O mandatário acusou os americanos de envolvimento em uma suposta conspiração militar com oposicionistas para derrubá-lo. O anúncio da expulsão ocorreu quando ele era diplomado para um novo mandato de seis anos.
Os EUA não reconheceram os resultados da eleição do último domingo (20) por não considerá-las livres e justas e, em resposta, aumentou as restrições à venda de ativos do regime venezuelano e da petroleira estatal PDVSA.
Maduro venceu com 68% dos votos válidos, em um pleito com participação de 46% do eleitorado. Além do baixo comparecimento, houve denúncias de uso da máquina estatal para comprar votos de eleitores mais pobres. Com informações da Folhapress.