© Arquivo Pessoal
O ator Cyro Ramos Nogueira Filho, de 54 anos, foi sentenciado pela Justiça Federal a 95 anos e dois meses de prisão por estupros e por produzir e compartilhar imagens contendo pornografia infantil em sites estrangeiros.
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A Polícia Federal encontrou mais de 30 mil arquivos ilícitos na casa dele, no Guarujá, no litoral de São Paulo.
Ramos Filho afirma também ser dançarino, produtor de televisão, cinema e teatro. De acordo com o G1, ele foi um dos alvos da segunda fase da Operação Glasnost, deflagrada em julho de 2017. A investigação ocorreu por meio do monitoramento de um site russo, utilizado para a troca de fotos e vídeos de exploração sexual infantil.
Ao realizar o cumprimento dos mandados de busca no imóvel, a polícia encontrou e apreendeu computadores, celulares e material impresso expondo menores de 18 anos. O ator foi preso em flagrante, e também por ordem judicial, uma vez que já havia a comprovação de crimes cibernéticos.
Além de armazenar 987 vídeos e 29.608 fotos contendo cenas de sexo explícito envolvendo crianças ou adolescentes, os peritos ainda encontraram provas de que Cyro também gravou imagens, que foram posteriormente compartilhadas por meio do site internacional.
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Com as investigações, um menino de 3 anos foi identificado como vítima de constantes abusos sexuais cometidos pelo ator. A criança ficava sob os cuidados dele, na ausência dos pais. Ele disseram não desconfiar de nada, mesmo após reclamações feitas pelo próprio filho.
Em uma das gravações do ator, o garotinho aparece sendo estuprado, além de ser obrigado a vestir roupas femininas.
Ainda foi possível identificar, por meio das investigações, o perfil sadomasoquista de Ramos Filho, que aparece em imagens usando fraldas e roupas femininas infantis.
Equipes da Polícia Federal, ao traduzirem mensagens de Ramos Filho, puderam constatar que ele, mesmo à distância, ministrava treinamento sobre como estuprar crianças a estrangeiros conectados a uma rede de pornografia infantil.
O ator negou as acusações. Ele assegura que algumas imagens dos computadores eram utilizadas por ele para atrair pedófilos, que seriam depois denunciados às autoridades. Sua defesa ainda tentou provar à Justiça a insanidade mental dele.
Nesta quarta-feira (25) o juiz federal Roberto Lemos dos Santos Filho, da 5ª Vara Federal de Santos, condenou Cyro, que está preso desde a deflagração da operação policial. Ele ficou impedido na decisão de responder aos crimes em liberdade e também terá que pagar multa.
Ainda cabe recurso para o parecer no Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região. O menino, identificado nos vídeos, atualmente passa por acompanhamento psicológico.