© Tony Gentile/Reuters
Giuseppe Conte, que havia sido designado para ser primeiro-ministro da Itália, desistiu neste domingo (27) de tentar formar um governo, depois que o presidente do país rejeitou o escolhido por ele para o ministério da Economia.
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Com isso, o país pode ter que realizar novas eleições este ano. As negociações para a formação do governo italiano já se arrastam há dois meses.
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Conte, um jurista acadêmico desconhecido do grande público, apresentou sua lista de ministros ao presidente Sergio Matarella, mas este rejeitou o nome do eurocético Paolo Savona para a pasta da Economia.
Antes mesmo do fim da reunião entre Conte e Matarella, o líder da Liga, Matteo Salvini, disse que a única opção era realizar novas eleições. "Em uma democracia, se é que ainda estamos em uma democracia, só há uma coisa a fazer, deixar os italianos escolherem", disse ele.
O Movimento 5 Estrelas (M5S, antissistema) e a Liga (direita populista) foram os partidos com o maior número de votos nas eleições de março, mas nenhum partido conquistou a maioria necessária de 40% das cadeiras para governar sozinho.
Depois de semanas de negociação, as duas siglas chegaram a um acordo e propuseram o nome de Conte para premiê, mas a formação do governo emperrou novamente na fase de aprovação do gabinete.
A perspectiva da escolha de Savona, um crítico do euro e da política econômica da Alemanha, ser ministro já havia causado preocupação nos mercados europeus na semana passada.
Neste domingo, Savona tentou se mostrar mais ponderado: "Quero uma Europa diferente, mais forte, mas mais igual", disse ele em comunicado.
Mas Matarella disse que não aprovaria o nome dele porque isso "causaria alarme nos mercados e investidores, italianos e estrangeiros". O presidente italiano não disse quais seriam seus próximos passos para resolver a crise política. Com informações da Folhapress.