© Adriano Machado / Reuters
O presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) defendeu publicamente o fim da paralisação dos caminhoneiros, que chegou a seu oitavo dia nesta segunda-feira (28).
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O tucano cancelou viagens a Rondônia e Mato Grosso do Sul na sexta (25) e sábado (26) em razão do movimento, que gerou desabastecimentos por todo o país.
+ Nenhuma pauta, por mais justa, pode parar Brasil, dirá Alckmin de greve
Em sua primeira agenda pública desde então, na Associação Comercial de São Paulo, nesta manhã, o tucano pregou a volta à normalidade.
"Os caminhoneiros já deram seu recado, o governo atendeu no que pode e agora é hora de nós restabelecermos os transportes", afirmou a jornalistas, após debate de mais de uma hora na entidade.
"Os hospitais precisam de remédio, a população precisa de alimento e agora é hora de retomar a atividade econômica."
A previsão, em discurso elaborado pelo tucano, era de que ele dissesse que "nenhuma pauta, por mais justa que seja, pode parar o Brasil", mas o trecho foi suprimido de suas falas.
O ex-governador de São Paulo defendeu que medidas apresentadas pelo governo, como reajustes no diesel que aconteçam no mínimo a cada 30 dias, sejam permanentes.
Ele também disse ser a favor de um "colchão tributário", com piso e teto de PIS/Cofins -reduzidos quando o preço do barril de petróleo ou o câmbio atingirem o pico e, em situação oposta, o inverso.
"O que é inaceitável é aumentar imposto", disse, acrescentando que vê também uma revolta contra a carga tributária como um dos estopins da mobilização.
Segundo Alckmin, o governo demorou de agir e agora é hora de ter "diálogo e regras permanentes".
Ele evitou comentar sobre possíveis medidas que o governo poderia tomar para desobstruir as rodovias. "Esse é um tema do governo. O governo estabelecer de um lado o dialogo e do outro o cumprimento da lei", afirmou. Com informações da Folhapress.