© Paul Hanna / Reuters
A moção de censura contra o primeiro-ministro da Espanha, Mariano Rajoy, será debatida nas próximas quinta (31) e sexta-feira (1º), anunciou a presidente do Congresso dos Deputados, Ana Pastor. O pedido foi apresentado na semana passada pelo líder de oposição, Pedro Sánchez, do Partido Socialista Operário Espanhol (Psoe), após um escândalo de corrupção envolvendo o Partido Popular (PP), do qual Rajoy é filiado.
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"O tempo político de Mariano Rajoy terminou, devemos colocar um ponto final", disse Sánchez, aproveitando para lançar um apelo para que todos os deputados espanhóis votem "sim". "A pergunta é: Rajoy pode continuar no comando do governo? A resposta é muito simples: sim ou não", acrescentou.
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Além disso, a legenda conservadora Cidadãos pediu a convocação antecipada de eleições, afirmando que a legislatura do atual primeiro-ministro "terminou". Por conta da possibilidade de ser deposto, Rajoy cancelou todas as reuniões desta semana.
O único compromisso que ele manteve, de acordo com a agência "EFE", é uma intervenção no Parlamento, que ocorrerá na quarta-feira (30), na sessão semanal de controle do governo.
Luis Bárcenas, ex-tesoureiro do PP, foi detido nesta segunda-feira (28) e deverá cumprir 33 anos de prisão pelo maior caso de corrupção da democracia espanhola. Além dele, outros dois membros da legenda foram encarcerados, após receberem condenação na última quinta-feira (24), pelo caso "Gurtel" - escândalo de financiamento ilegal que envolveu vários líderes políticos da legenda e empresários.
No total, o PP deverá restituir 254.492 euros aos cofres públicos, como "partícipe a título lucrativo". Com informações da ANSA.