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A cantora e atriz Maria Dolores Pradera morreu na segunda-feira (28) em Madrid, cidade onde nascera há 93 anos, informaram fontes familiares ao diário espanhol El País.
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Pradera tinha um longo percurso artístico, de quase 70 anos, e uma discografia de 40 obras, tendo ao longo da sua carreira obtido vários prêmios e distinções, entre os quais um Grammy de excelência artística, pela sua carreira, com que foi premiada em 2008.
Prêmio Nacional de Teatro, Medalha de Ouro das Belas Artes, Comenda da Ordem de Isabel, a católica, medalha da cidade de Madrid de Mérito Artístico e Medalha de Ouro de Madrid de Mérito Artístico contam-se na coleção de Maria Dolores.
A carreira da artista madrilena começou no cinema, em 1941, no filme "Porque te vi chorar". Também atuou no teatro em peças como "A Celestina", "Maria Pineda" ou "Fortunata e Jacinta", mas foi como cantora que obteve sucesso internacional.
Gravou o primeiro disco em novembro de 1960 e, na sua trajetória musical - grande parte da qual com Los Sabadeños, um grupo de música tradicional das ilhas Canárias nascido em 1965 -- constam composições de Carlos Cano, Mercedes Sosa, Amâncio Prada ou da cantora e compositora peruana Chabuca Granda.
Entre os êxitos de Maria Dolores Pradera contam-se "Amarraditos", "La flor de la canela", "Que te vaya bonito" e "Cavalo preto azabache", entre outros.
Da discografia da cantora e atriz fazem parte discos como "A mis amigos" (1988), "As de cozanoes" (1999), que foi disco de platina, e "Canciones del alma" (2003).
A cantora era membro honorário do Foro Iberoamericano das Artes, instituição que a homenageou em 2011.
Maria Dolores Pradera esteve casada doze anos com o ator Fernando Fernán Gómez de quem teve dois filhos, Elena e Fernando.