© Nacho Doce/Reuters
Os açougues começaram a ter dificuldade para comprar e revender carne bovina e suína em São Paulo em razão da greve dos caminhoneiros, que começou na segunda-feira da semana passada (21).
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Até as 120 feiras livres que funcionam diariamente na cidade vão ser reduzidas a 31 por falta de mercadoria.
Entre esta terça (29) e sexta-feira (1º) a Prefeitura de São Paulo, sob gestão Bruno Covas (PSDB), vai concentrar os produtos que os feirantes ainda possuem para facilitar o acesso dos consumidores.
Na manhã desta segunda (28), o açougue Planck, que fica na região de Itaquera (zona leste), só vendia salsicha, frango e um pouco de carne de porco.
"Os bovinos não estão indo para o abate porque os produtores não têm como distribuir", disse o proprietário, Ricardo Galli, 40 anos.
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Outros dois açougues na rua Max Planck estavam fechados e na porta de um deles um cartaz avisava: "Devido à greve, estamos fechados por falta de mercadoria".
"Na quinta-feira (24), recebemos uma peça [equivalente a 50 quilos] de carne de segunda, mas já acabou.
Ontem [domingo] só sobrou filé mignon e picanha para vender, mas também acabou", disse o açougueiro do Supermercado Paraná.
A enfermeira Elisa Santos, 38 anos, só pôde comprar um quilo de filé de frango e outro de coxa e sobrecoxa.
"Queria carne para fazer bife, mas está difícil de encontrar por aqui", desabafou.
"Só tenho estoque de carne para amanhã [hoje]", disse o gerente Fábio Braz, 45 anos, do Carnes Center Líder, no Lauzane (zona norte).
Na Casa de Carnes Evilázio, que fica na Saúde (zona sul), o proprietário, Evilázio Andrade, 66 anos, diz, surpreso, que os clientes que compravam de dois a três quilos de carne estão levando até 15 quilos. "Está batendo o desespero nas pessoas e elas estão estocando comida em casa", disse.
O Mercadão de Carnes Jabaquara, na Vila Guarani (zona sul), só tem carne para vender até esta terça. "Hoje [nesta segunda] recebemos só frango", disse a proprietária, Lucinda de Azevedo, 58 anos. Com informações da Folhapress.