© Pedro Martins / MoWA Press
O zagueiro Thiago Silva, 33 anos, afirmou acreditar que o título da Copa do Mundo pode dar mais alegria ao povo brasileiro em razão da crise do abastecimento que o país atravessa. Ele revelou, inclusive, que deixou o carro na garagem no último sábado (26), quando ganhou um dia de folga dos treinamentos da seleção brasileira antes do embarque para Londres.
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"Não digo interferência direta no nosso trabalho porque é uma outra situação. A gente fica triste porque somos brasileiros e temos familiares no Brasil. Num dia de folga antes de vir para Londres, você procura postos para colocar gasolina, meu carro ficou na garagem. A tristeza bate porque somos todos brasileiros e queremos um Brasil melhor. Não afeta diretamente a seleção, mas nos dá motivação para nos preparar da melhor maneira possível e tentar levar essa Copa para o Brasil para dar um pouco mais de alegria para o povo", disse o zagueiro, que disputará sua terceira Copa do Mundo.
Na mesma entrevista, Thiago comentou sobre a disputa com Marquinhos para fazer dupla com Miranda. O defensor foi titular nos amistosos contra a Rússia e Alemanha, já que seu companheiro de Paris Saint-Germain estava voltando de lesão. Já o atleta revelado pelo Corinthians atuou na maioria dos jogos pelas eliminatórias.
"Primeiro que os dois são grandíssimos jogadores, já demonstraram isso. Miranda até mais na sua carreira, Marquinhos por estar iniciando muito bem. A briga é sadia, a competitividade é boa e pode elevar o nível de concentração. A gente procura dar o melhor. Se ele vem citando os três, até mesmo o Geromel em fase extraordinária no Brasil, estão em condições de jogar. Nem sempre quem começa termina, mas pode acontecer uma lesão que não permita um jogador de jogar. Mas ele tem quatro jogadores que podem entrar a qualquer momento e dar conta do recado", disse
O zagueiro também foi indagado sobre o seu lado emocional. Ele foi muito criticado na última Copa após chorar durante a disputa dos pênaltis entre Brasil e Chile, pelas oitavas de final.
"Encaro naturalmente. Sou assim e acho que o mais importante de tudo é que nunca me atrapalhou dentro de campo. Todos os jogos procurei ao máximo estar concentrado para exercer a função da melhor maneira possível. Nem todo mundo pensa igual, todos temos sentimentos. Quando você tem uma perda, uma vontade de conseguir e não consegue naturalmente deixa o emocional chegar. Todo mundo é assim. Lembro que após a Copa tive uma perda muito grande e me deixou muito mal, que foi não ter visitado meu padrasto antes de ir para a Europa. Isso me deixou com uma culpa muito grande porque ele veio a falecer", completou.