Para combater madeireiro em área militar, FAB pede intervenção civil

Desde 2015, houve ao menos três casos em que os militares pediram ajuda às agências ambientais federais

© Reuters

Brasil floresta 29/05/18 POR Folhapress

O saque de madeira em áreas protegidas no Pará não vem poupando sequer o Campo de Provas Brigadeiro Velloso da Força Aérea Brasileira (FAB), na Serra do Cachimbo, próximo à divisa com o Mato Grosso.

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Desde 2015, houve ao menos três casos em que os militares pediram ajuda às agências ambientais federais.

No episódio mais recente, em 11 de outubro, a FAB acionou uma equipe do Ibama para desmantelar um acampamento de madeireiros. Dois tratores e uma camionete foram encontrados e destruídos, mas os invasores fugiram.

Leia também: PRF e Exército fazem ofensiva para tirar caminhões da Dutra

Pouco antes, em junho, agentes do Ibama já haviam feito uma operação, também a pedido da FAB. Apreenderam quatro tratores, três motos e uma motosserra, levados para a base aérea. Os criminosos de novo escaparam.

O campo de provas da Aeronáutica possui 21.588 km2, tamanho equivalente ao estado de Sergipe. A área está localizada no entorno da BR-163, um dos principais focos de desmatamento, madeira e garimpo ilegais da Amazônia.

O problema na base aérea da Serra do Cachimbo não é de hoje. Em agosto de 2015, em outra solicitação dos militares, agentes do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e PMs inspecionaram uma fazenda vizinha à base aérea, do empresário Rodrigo Salvadori, 38.

Os agentes apreenderam e destruíram 123 m3 de madeira, além de embargar uma área de 196 hectares. Salvadori, que mora em Londrina (PR), onde é sócio da empresa JPL Indústria e Comércio de Embalagens.

O empresário paranaense foi multado em R$ 985 mil, mas recorreu e até hoje não há uma decisão final.

Em contato com a empresa por telefone no final de abril, a reportagem foi orientada a enviar as perguntas por email, mas não houve resposta.

A FAB informou, via assessoria de imprensa, que no ano passado, "foram encontrados objetos relacionados à prática de ilícitos. Como a FAB não pode apreender tais objetos, comunicou ao Ibama."

"A FAB coopera com o Ibama no transporte aerologístico de profissionais, equipamentos e bens, além de fornecer imagens de reconhecimento aéreo para apoiar o instituto", completa a nota. Com informações da Folhapress.

 

 

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